Às vésperas de eleições em que o governante Partido Socialista Operário Espanhol deve ser arrasado, a Espanha foi obrigada a pagar hoje juros de 6,98% ao ano para rolar sua dívida pública, enquanto a França paga 3,69%, em outro agravamento da crise das dívidas públicas da Zona do Euro, informa a agência Reuters.
Os juros espanhóis voltaram aos níveis anteriores à introdução do euro e encostam na taxa de 7%, considerada insustentável.
Para os analistas, a única saída para estabilizar seria a compra de títulos públicos em grande quantidade pelo Banco Central da Europa. Mas o chefe de um grupo de assessores econômicos do governo da Alemanha, Wolfgang Franz, acredita que seria um "pecado mortal": "Não apenas tiraria a independência do banco central, levaria ao risco de inflação".
A obsessão alemã com a inflação, herança da hiperinflação de 1923, impede que o BCE tenha um papel mais ativo no combate à crise das dívidas públicas, mas o tempo está se esgotando e não há soluções ideais a vista.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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