sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Alemanha e França querem mudar tratados da UE

A Alemanha e a França, reunidas em encontro de cúpula com a participação da Itália, anunciaram a intenção de reformar os tratados constitutivos da União Europeia para criar uma união fiscal que sustente o euro e evite novas crises das dívidas públicas como a atual. Isso exige a aprovação dos 27 países do bloco. Pode levar muito tempo, e o mercado financeiro tem pressa.

Mais uma vez, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, rejeitou soluções rápidas como a emissão de eurobônus ou a autorização para que o Banco Central da Europa compre títulos das dívidas dos países endividados que não conseguem colocação no mercado, informa o jornal The New York Times.

Merkel e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, prometeram não discutir mais em público suas diferenças sobre o papel do BCE no combate à crise.

A Alemanha entende que isso premiaria os países indisciplinados, criando um precedente perigoso capaz de gerar inflação, o fantasma da economia do país desde a hiperinflação de 1923, que foi uma das sementes do nazismo.

O problema dessa visão ortodoxa é que vai impor uma longa recessão e uma deflação aos países da periferia da Zona do Euro e talvez até à poderosa Itália. Seria mais lógico apagar o incêndio primeiro e depois punir os responsáveis e reformar os tratados.

Nenhum comentário: