A China vive a maior onda de agitação sindical desde o verão de 2010 no Hemisfério Norte. Com a crise internacional e a redução da demanda nos Estados Unidos e na Europa, a atividade industrial sofreu em outubro a maior queda em quase três anos. As fábricas começam a reduzir salários e demitir trabalhadores.
Mais de 10 mil operários fizeram greve na semana passada nas cidades de Shenzhen e Dongguan, na província da Cantão, no Sudeste do país, grandes centros da indústria exportadora.
Na indústria eletroeletrônica, o salário médio é de US$ 236 mensais. Normalmente os trabalhadores ganham até 60% a mais em horas extras para suplementar o minguado salário-base.
Há uma semana, o governador de Cantão revelou que as exportações da província caíram 9% em outubro. Na segunda-feira, 5 mil trabalhadores marcharam na cidade de Wukan. Em Dongguan, 7 mil empregados rejeitaram uma proposta de corte de horas extras numa fábrica que trabalha para as empresas de material esportivo Nike e Adidas, reporta o jornal inglês Financial Times.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário