Pela primeira vez, um grupo de dissidentes do Irã pediram ao regime fundamentalista que governa o país a suspensão do enriquecimento de urânio.
"O atual impasse sobre as ambições nucleares do Irã e o jogo de poder vão preparar o cenário para uma guerra, e o povo iraniano terá de pagar o preço", diz uma carta aberta divulgada na segunda-feira.
A república dos aiatolás considera o programa nuclear uma questão de orgulho nacional e uma reafirmação da posição do Irã como potência, numa tentativa de resgate do Império Persa - e é aí que está o perigo de uma ditadura sem limites.
Na semana passada, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU, acusou a ditadura teocrática iraniana de estar desenvolvendo a bomba atômica, de fazer experiências desnecessárias para um programa nuclear com fins exclusivamente pacíficos.
Os reformistas que lutam por uma abertura do regime defendiam o programa nuclear, mas agora afirmam que o governo deve tirar o país desse impasse: "Infelizmente, os altos funcionários iranianos têm fechado seus olhos e ouvidos à realidade, e continuam insistindo em políticas externas aventureiras", acrescenta a declaração da Organização dos Mujahedin da Revolução Islâmica; 175 dissidentes exilados assinaram a carta.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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