A crise das dívidas públicas já atinge 12 dos 17 países da União Europeia que usam o euro como moeda. Além da poderosa Alemanha, só Estônia, Finlândia, Holanda e Luxemburgo estão pagando prêmios de risco do que a Espanha pagava em maio de 2010, quando foi atingida pela crise da Grécia.
O prêmio de risco é a diferença entre os juros que os países pagam e os da Alemanha para títulos de mesmo prazo.
Desde então, Grécia, Irlanda e Portugal negociaram empréstimos com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional. Na Espanha, o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero congelou aposentadorias e reduziu salários do setor público. Seu Partido Socialista Operário Espanhol deve sofrer domingo sua maior derrota.
Foi criado o Fundo Europeu de Estabilização Financeira e o Banco Central da Europa começou a comprar títulos dos países com dificuldade para rolar suas dívidas, mas a crise se agravou, passando a ameaçar a Itália, que destituiu o arquicorrupto Silvio Berlusconi na semana passada e hoje apresentou um novo governo sob a liderança do ex-comissário europeu antimonopólio Mario Monti.
Até a França, segunda maior economia da Europa e quinta do mundo, está ameaçado de perder sua nota máxima das agências de classificação de risco, observa o jornal espanhol El País.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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