Na sua paranoia com golpes militares, Kadafi esvaziou o Exército a ponto de algumas unidades não terem munição suficiente durante a revolta popular. Construir Forças Armadas novas, democráticas, profissionais e nacionais é um dos maiores desafios do Conselho Nacional de Transição, o governo provisório dos rebeldes.
Ao contrário do que aconteceu no Iraque com trágicas consequências, ex-soldados que serviram sob Kadafi serão aceitos na nova Líbia. Isso visa a evitar que milhares de homens com armas e treinamento militar caiam na clandestinidade.
O problema é que as milícias que derrubaram Kadafi relutam em entregar as armas.
"A primeira exigência de um Estado nacional moderno é ter o monopólio da violência", observa Diederick Vandewalle, especialista em Líbia do Dartmouth College, citado pelo jornal The New York Times. "Um dos elementos centrais é criar nos soldados uma identidade nacional", superando a lealdade das milícias a sua cidade ou tribo.
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