O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, pediu oficialmente hoje que o ex-comissário europeu antimonopólio Mario Monti forme o governo que terá a responsabilidade de evitar um colapso da oitava maior economia do mundo, sob o peso de uma dívida de 1,9 trilhão de euros, 121% de toda a riqueza produzida no país num ano.
Monti foi nomeado senador vitalício pelo presidente na última quinta-feira. Deve formar um governo tecnocrático para tentar equilibrar as finanças públicas. O maior desafio será fazer o país retomar o crescimento, mas talvez esta tarefa fique para um sucessor eleito.
Seu antecessor, Silvio Berlusconi, se apresentou como um empresário liberal capaz de aumentar a eficiência e a produtividade da economia italiana. Além da corrupção e de não reduzir a dívida elevada, deixa um sistema econômico amarrado por uma teia de interesses privados, burocracia, favoritismo e corrupção.
Berlusconi se fez politicamente no vácuo da Democracia Cristã, partido que dominou a politica italiana no pós-guerra e desapareceu na Operação Mãos Limpas (1992-94), quando a Itália não chegou a concluir o combate à corrupção.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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