quarta-feira, 31 de março de 2021

Mês mais letal da pandemia acaba com quase 4 mil mortes num dia

 Com 66.868 mortes, março é o mês mais letal da doença do coronavírus de 2019 no Brasil. Termina com uma recorde de 3.950 mortes num dia e mais do que o dobro dos 32.915 óbitos de julho do ano passado, que era o pior mês até agora. Ontem, o Brasil fora responsável por um terço das 10.924 mortes do mundo. O total de mortes no país está em 321.886. 

Pela primeira vez, a média semanal de mortes passou de 20 mil. A média diária de mortes dos últimos sete dias bateu recorde pelo sexto dia seguido. Com alta de 42% em duas semanas, chegou a 2.971 mortes por dia. Desde 25 de fevereiro, só não quebrou o recorde em quatro dias. O número de casos novos do dia ficou em 89.200, com média de 75.154 nos últimos sete dias.

No mundo, são 128.791.500 casos confirmados e 2.814.899 mortes. Mais de 104 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 21,88 milhões apresentam sintomas leves e 96.565 estão em estado grave.

Nos Estados Unidos, foram notificados mais 62.045 casos e 948 mortes em 24 horas. Os casos confirmados devem chegar a 30,5 milhões nesta quinta-feira, com 552.038 mortes. As mortes caíram 23% em duas semanas, mas o contágio subiu 20% no mesmo período, especialmente no Meio-Oeste e no Nordeste.

Mais de 610 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 152,2 milhões nos EUA, onde 97,6 milhões de pessoas receberam uma dose e 54,6 milhões estão imunizados, e 22,7 milhões no Brasil, onde 17,6 milhões tomaram a primeira dose e 5 milhões as duas doses necessárias à imunização. Meu comentário:

terça-feira, 30 de março de 2021

Brasil bate novo recorde com 3.668 mortes num dia

 Enquanto o Brasil enfrenta crises sanitária, econômica, política e agora militar, hoje foi mais um dia trágico na pandemia. Houve um recorde com 3.668 mortes em 24 horas e 86.704 casos novos da doença do coronavírus de 2019. Com 62.918 mortes, março é o mês mais letal. 

O total de mortes do covid-19 chegou a 317.936 em 12.664.058 casos confirmados. A média diária de mortes dos últimos sete dias também foi recorde: 2.728, com alta de 34% em duas semanas. A morte está em alta em 17 estados e no Distrito Federal.

No mundo, já são 128.144.389 casos confirmados e 2.802.066 mortes. Mais de 103,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 21,75 milhões apresentam sintomas leves e 95.845 estão em estado grave.

Os Estados Unidos têm o maior número absoluto de casos (30.393.028) e de mortes (550.995). As mortes caíram 29% nas últimas duas semanas. O contágio diminuiu de um pico de 300 mil em 8 de janeiro para 40 mil por dia, mas voltou a subir recentemente. Nesta quarta-feira, foram 70.794 casos novos, com alta de 18% em duas semanas. A contaminação avança em 23 estados. Nova York e Nova Jérsei são as cidades mais atingidas.

A nova diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do governo Joe Biden,


Rochelle Walensky, está "extremamente preocupada" com o aumento da contaminação, associado principalmente à variante inglesa do vírus. "Temos tanta promessa e potencial onde estamos, e tantas razões para ter esperança. Mas agora estou assustada."

Mais de 603 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 149,4 milhões nos EUA, onde 96 milhões receberam a primeira dose e 53,4 milhões (16% da população americana) estão imunizados, 112 milhões na China, 64 milhões na Índia, 36 milhões no Reino Unido e 21.883.663 no Brasil, onde 16.937.084 tomaram a primeira dose e 4.946.579 as duas doses necessárias para a imunização. Meu comentário:

segunda-feira, 29 de março de 2021

Brasil teve um quarto de todas as mortes por covid-19 na semana

 Na semana passada, o Brasil registrou 26,7% do total de mortes no mundo pela doença do coronavírus de 2019. Foram 18.164 óbitos, mais do que nos Estados Unidos (6.787), no México (3.587), na Itália (2.991) e na Rússia (2.666) somados.

Juntos, estes países têm 650 milhões de habitantes. Depois do Brasil, foram os que mais tiveram mortes por covid-19 na semana passada. O Brasil superou a União Europeia, que tem 450 milhões de habitantes. E o massacre continua. A morte está em alta em 18 estados e no Distrito Federal.

Hoje, segunda-feira, a notificação é um pouco menor. Mais 1.969 mortes e 44.720 contágios por covid-19 foram notificados. O total no país soma 12.577.354 casos confirmados e 314.268 mortes. A média diária de casos dos últimos sete dias bateu novo recorde, o que acontece quase todos os dias desde 25 de fevereiro. Chegou a 2.665 mortes por dia, com alta de 34% em duas semanas.

No mundo, são 127.587.110 casos confirmados e 2.791.718 óbitos. Mais de 103 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 21,7 milhões apresentam sintomas leves e 94.791 estão em estado grave. A taxa de mortalidade dos casos encerrados está há meses em 3%.

Mais de 588,2 milhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo até agora, sendo 147,6 nos EUA, onde 95 milhões tomaram a primeira dose e 52,6 milhões (15,68% da população) estão imunizados, 107 milhões na China, 63 milhões na Índia, 36 milhões no Reino Unido e pouco mais de 21 milhões no Brasil, onde 16,26 milhões tomaram a primeira dose e 4,82 (2,27%) as duas doses necessárias à imunização. Meu comentário:

Cai o pior chanceler da história do Itamaraty

 Sob pressão do Congresso, de empresários, diplomatas e militares, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ligado ao setor mais extremista do bolsonarismo, pediu demissão hoje depois de uma passagem desastrosa pelo Itamaraty. Deve ficar no cargo até o presidente Jair Bolsonaro anunciar um substituto.

Forte candidato a pior chanceler da história, Araújo hostilizou a China, maior parceira comercial do Brasil, os Estados Unidos de Joe Biden, países europeus, organizações internacionais, colegas e ex-ministros do Itamaraty. Chegou a orgulhar de transformar o Brasil num pária internacional. 

O país nunca esteve tão isolado internacionalmente. Isto dificultou até mesmo a compra de vacinas para combater a pandemia do coronavírus de 2019, selando seu destino depois de embates com o Congresso.

Ontem, Araújo acusou a senadora Katia Abreu, presidente da Comissão de Relações Exteriores, de lhe pedir para dar um aceno à companhia de telecomunicações chinesa Huawei, interessada em participar do leilão para a implantação no país da tecnologia de comunicação móvel de quinta geração (5G). Ex-presidente da Federação Nacional de Agricultura, a senadora se preocupa com a deterioração das relações com a China, principal importadora de produtos agrícolas brasileiros.

Foi a gota d'água. No dia 22 de março, os presidentes da Câmara, deputado Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, se reuniram em São Paulo com empresários que fizeram duras críticas ao chanceler. Havia no Congresso articulações para iniciar um processo de impeachment do ministro ou de bloquear nomeações de embaixadores para forçar sua queda.

Ernesto Henrique Fraga Araújo era um diplomata obscuro recém-nomeado embaixador quando foi promovido a ministro por elogiar o pensamento extremista do astrólogo Olavo de Carvalho, o guru do bolsonarismo, com o apoio do assessor internacional do Palácio do Planalto, Filipe Martins, que era um obscuro professor e parecia mandar mais do que o chanceler, e do deputado Eduardo Bolsonaro, terceiro filho do presidente. O comentário nos corredores do Itamaraty era que o país tinha três chanceleres: Ernesto, Filipe e Eduardo.

Como em ocasiões anteriores, as relações exteriores foram usadas para afirmar as posições ideológicas do governo. Apesar de ter elogiado o governo Dilma Rousseff no passado, Araújo adotou o discurso antiglobalista, contra as organizações internacional e o sistema multilateral, parte da ordem internacional liberal criada pelos EUA depois da Segunda Guerra Mundial.

No discurso de posse, fez citações em tupi-guarani, grego e da Bíblia, e disse que era hora de ler mais José de Alencar e Gonçalves e menos publicações internacionais como o jornal The New York Times e a revista Foreign Affairs, "escutar menos a CNN e mais Raul Seixas".

ISOLAMENTO INTERNACIONAL

Desde o início da gestão, Araújo hostilizou a China. Ao falar para jovens diplomatas em março de 2019, declarou que a política externa não poderia se subordinar a questões comerciais: "Queremos vender soja e minério de ferro, mas não nossa alma", argumentando que o Brasil precisa se proteger da crescente influência internacional do regime comunista chinês.

Diante do seu próprio fracasso no combate à covid-19, o governo Bolsonaro se alinhou ao então presidente americano Donald Trump, responsabilizando a China pela pandemia causada pelo "vírus chinês". Quando o deputado Bolsonaro discutiu no Twitter com o embaixador chinês, defendeu o filho do presidente e chegou a pedir o mudança do representante chinês no Brasil. Foi ignorado.

A ruptura do diálogo com a missão chinesa dificultou a importação da vacina chinesa CoronaVac e dos insumos necessários à fabricação de vacinas no Brasil. De acordo com o jornal The New York Times, um emissário brasileiro fez um apelo à Huawei para romper o impasse.

Ao adotar uma política de alinhamento automático com o governo Trump, o Itamaraty de Araújo fez várias concessões aos EUA, como renunciar ao status de país em desenvolvimento, sem qualquer contrapartida. Também levantou dúvidas sobre a vitória de Joe Biden, citando as falsas denúncias de fraude de Trump e manifestou simpatia com os extremistas de direita que atacaram o Capitólio, sede do Congresso dos EUA, para tentar impedir a certificação do resultado da eleição presidencial de novembro do ano passado.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado americano, Robert Menendez, reagiu com dureza, exigindo que Bolsonaro e Araújo condenassem energicamente a insurreição de 6 de janeiro.

Nas Nações Unidas, o Brasil mudou posições históricas. Apoiou Israel no conflito com os palestinos e o embargo dos EUA a Cuba. Alinhou-se a governos de extrema direita como os da Hungria e da Polônia, e a países muçulmanos para condenar o aborto e a homossexualidade.

Os três nomes mais cotados para ministro das Relações Exteriores são o embaixador na França, Luís Fernando Serra, um bolsonarista radical que escreve cartas à imprensa francesa reclamando do noticiário sobre o governo Bolsonaro, que cortou vários programas culturais; a consulesa-geral do Brasil em Nova York, Maria Farani Azevêdo, prejudicada por ter sido chefe de gabinete do chanceler Celso Amorim no governo Lula; e o secretário de Assuntos Estratégicos, almirante Flávio Rocha, que abriria a vaga para acomodar o general Eduardo Pazuello, demitido do Ministério da Saúde.

A queda do chanceler mostra um governo acuado. Como observa Igor Gielow na Folha de São Paulo, é o maior golpe no bolsonarismo de raiz desde a demissão de Abraham Weintraub do Ministério da Educação no ano passado. O próximo alvo é o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

MINISTRO DA DEFESA TAMBÉM SAI

Mais um ministro caiu hoje, complicando ainda mais o xadrez político em Brasília. O general Fernando Azevedo e Silva não é mais o ministro da Defesa. De acordo com o cientista político Pablo Ortellado, a hipótese otimista é que "Azevedo saiu para acomodar o Centrão". A hipótese "muito pessimista" é que "a tragédia do 'herói soteropolitano' foi a senha para o golpismo que Azevedo não quis aceitar."

O "herói soteropolitano" é um policial militar da Bahia morto ontem por colegas durante um surto psicótico em que disparou vários tiros no Farol da Barra, em Salvador. Nas redes bolsonaristas, foi apresentado como alguém que resistiu às medidas de confinamento impostas pelo governador petista Rui Costa. A patética deputada Bia Kicis, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, incitou a PM baiana a entrar em greve contra o governador.

No Globo, a colunista Bela Megale anunciou que os militares apostam que o comandante do Exército, general Edson Pujol, também sairá. Também no Globo, Malu Gaspar escreveu que Azevedo e Silva saiu para não repetir o que viveu no ano passado, quando o presidente e aliados fizeram manifestações inclusive diante do quartel-general do Exército, em Brasília.

Bolsonaro declarou na época que não iria "admitir mais interferência", que "não tem mais conversa" com o Supremo Tribunal Federal (STF) e que "as Forças Armadas estão do nosso lado". O ministro da Defesa divulgou nota afirmando que "Marinha, Exército e Aeronáutica são organismos de Estado que consideram a indepenência e a harmonia entre os poderes imprescindíveis para a governabilidade do país."

Agora, na carta de demissão, o general Azevedo e Silva repetiu o recado: "Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado."

As polícias militares são consideradas aliadas-chaves do presidente numa possível tentativa de golpe de Estado. O Alto Comando do Exército vai se reunir hoje para avaliar a situação.

Em meio a uma tragédia com mais de 300 mil mortes e uma crise econômica brutal, o país enfrenta uma crise política sem precedentes na história recente. O Brasil está pegando fogo às vésperas de 31 de março aniversário do golpe militar de 1964, que Bolsonaro insiste em festejar.

P.S.: Pouco depois da publicação deste texto, o governo anunciou uma reforma ministerial com seis mudanças. O próximo ministro das Relações Exteriores será o embaixador Carlos Alberto Franco França, ex-chefe do cerimonial de Bolsonaro. É próximo dos filhos do presidente e agrada aos parlamentares. Seria capaz de melhorar as relações com o Congresso.

domingo, 28 de março de 2021

Morte avança com novo recorde na média diária em sete dias

 Nos fins de semana, os números caem porque as secretarias estaduais da Saúde trabalham menos. Mesmo assim, foram notificadas neste domingo mais 1.605 mortes e 43.402 casos novos da doença do coronavírus de 2019 no Brasil. Desde o início da pandemia, são 12.532.634 casos confirmados e 312.299 óbitos.

A média diária de mortes dos últimos sete dias bateu recorde com 2.598 mortes e alta de 40% em duas semanas. A morte está em alta em 20 municípios e o Distrito Federal. A média diária de diagnósticos positivos nos últimos sete ficou em 76.599, com alta de 14% em duas semanas.

Mas o Brasil pode ter sido superado pelo México em mortes, noticiou a televisão pública britânica BBC

De acordo com uma revisão feita pelo Ministério da Saúde mexicano com base no excesso de mortes, em comparação com anos anteriores à pandemia, o total real de mortes por covid-19 no país deve ser 60% maior, pulando de 203.623 para 321 mil. Esta revisão ainda não foi confirmada nas páginas que divulgam os dados consolidados da pandemia na rede.

O presidente do México, o populista de esquerda Andrés Manuel López Obrador, foi considerado por Ian Bremmer, diretor da consultoria Eurasia Group, o segundo pior governante do mundo no combate à covid-19 depois do presidente Jair Bolsonaro.

O contágio está em alta no mundo, com mais de 600 mil casos por dia nos últimos dias, enquanto as mortes subiram para 11.632 no dia 26 de março. Ao todo, são 127.116.835 casos confirmados e 2.783.509  mortes. Mais de 102 milhões e meio de pacientes se recuperaram, mais de 21,7 milhões apresentam sintomas leves e 93.634 estão em estado grave.

Nos Estados Unidos, mais 45.552 casos e 487 óbitos foram registrados neste domingo. O país tem o maior número absoluto de casos confirmados (30.262.123) e de mortes (549.335), mas houve uma queda de 29% no número de mortes nas últimas duas semanas.

Durante um programa especial da televisão americana CNN sobre a pandemia com o Dr. Sanjay Gupta, a Drª Deborah Birx, coordenadora da força-tarefa da Casa Branca revelou que tinha autorização para dizer a verdade a governadores, prefeitos e outras autoridades, mas não em redes nacionais de televisão.

O Dr. Anthony Fauci, outro entrevistado no programa, declarou; "Isto é uma guerra. Se quisermos ganhar, é melhor atirar no inimigo e não uns nos outros."

No Reino Unido, a Inglaterra autoriza a partir desta segunda-feira reuniões de até 6 pessoas de casas diferentes em espaços abertos. A medida está em vigor no País de Gales desde sábado. A Irlanda do Norte adota a mesma medida na quinta-feira e a Escócia na sexta-feira.

A França tem quase 4,9 mil pacientes em unidades de terapia intensiva, o pico da segunda onda de contaminação. O presidente Emmanuel Macron enfrenta o dilema de endurecer as medidas de confinamento.

Na Alemanha, a primeira-ministra Angela Merkel pediu aos governadores dos estados que tornem mais rígido o confinamento.

Por causa da pandemia, o presidente Sebastián Piñera adiou de 11 de abril para 15 e 16 de maio as eleições para formar uma Assembleia Constituinte que vai redigir uma nova carta para substituir a Constituição de 1980, imposta pela ditadura do general Augusto Pinochet (1973-90). A Constituinte é resultado da pressão popular em grandes manifestações de rua realizadas em outubro de 2019 contra a desigualdade social e a violência policial.

Cerca de 575 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 145,2 milhões nos EUA, onde 93,6 milhões tomaram a primeira dose e 51,6 milhões (15,5%) estão imunizados, 102 milhões na China, 62 milhões na Índia, 35 milhões no Reino Unido e 20,2 milhões no Brasil, onde 15,5 milhões receberam a primeira dose e 4,7 milhões (2,2%) as duas necessárias à imunização.

sábado, 27 de março de 2021

Brasil volta a ter mais de 3 mil mortes num dia e chega a 310 mil

 O ritmo da morte se acelera. Hoje, foram notificadas mais 3.368 mortes e 81.909 casos confirmados da doença do coronavírus de 2019 no Brasil. Já são 12.489.232 casos confirmados e a 310.649 óbitos. A média diária de mortes dos últimos sete dias atingiu novo recorde: 2.548, com alta de 39% em duas semanas. A média de casos novos por dia também subiu: 77.128, com alta de 16% em duas semanas. A morte está em alta em 20 estados e no Distrito Federal.

No mundo, o total de casos confirmados está em 126.616.893, com 2.776.696 mortes, mais de 102 milhões de pacientes recuperados, cerca de 21,75 milhões apresentam sintomas leves e 93.281 estão em estado grave.

Com mais 75.756 casos e 1.260 óbitos registrados neste sábado, os Estados Unidos chegaram a 30.218.381 casos confirmados, com alta de 8% em duas semanas, e 548.825 mortes, com queda de 28% em duas semanas. É o país com o maior número absoluta de casos e de mortes.

O País de Gales é o primeiro dos quatro países que formam o Reino Unido a permitir encontros de até seis pessoas, depois de um confinamento rigoroso. Na segunda-feira, a Inglaterra toma a mesma medida, aliviando gradualmente as medidas de distanciamento social, que devem ser mantidas até 21 de junho.

A data não é o mais importante. São os dados sobre contágio, hospitalização e mortes que vão orientar a conduta do governo, anunciou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson. O país registrou hoje 58 mortes.

Pouco menos de 560 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, das quais 141,8 milhões nos EUA, onde 91,7 milhões receberam a primeira dose e 50,1 milhões (15% da população) estão imunizados, devendo esperar duas semanas para a vacina fazer efeito. No Brasil, foram aplicadas 19,9 milhões de doses, 15,25 milhões receberam a primeira dose e 4,68 milhões as duas necessárias à imunização.

O Facebook suspendeu por um mês a conta do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, por divulgar notícias falsas sobre a pandemia. Maduro tentou apresentar "gotinhas milagrosas" como cura para a doença.

Ditadura de Mianmar atira na multidão e mata mais de cem pessoas

 É uma terra de milhares de templos onde o budismo, uma religião pacifista, virou instrumento de dominação e repressão. No Dia das Forças Armadas, os militares que derrubaram o governo civil de Mianmar, a antiga Birmânia, em 1º de fevereiro atiraram hoje contra uma multidão de manifestantes desarmados e mataram 114 pessoas. Entre os mortos, há crianças de 5, 13 e 14 anos.

Pelo menos 420 mianmarenses foram mortos pela repressão desde o golpe militar. Mais de 3 mil foram presos, inclusive o presidente U Win Myint e a líder civil do país, Aung San Suu Kyi, filha do herói da independência do Império Britânico, Aung San, e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1991. 

Hoje foi o dia mais sangrento. Desta vez. A história registra vários massacres cometidos pelo Exército de Mianmar. No pior, em resposta à rebelião de 8 de agosto de 1988, mais de 3 mil pessoas morreram, embora os militares só admitam 350 mortes.

Desde 1962, ditaduras militares dominam este país do Sudeste Asiático, transformando-o num dos mais pobres do continente, com um breve período democrático recentemente. Em 2015, a Liga Nacional pela Democracia venceu as eleições parlamentares e elegeu 86% dos deputados da Assembleia da União.

Como Suu Kyi é proibida de presidir o país por uma cláusula constitucional feita para impedi-la, por ter sido casada com um estrangeiro e ter filhos com dupla nacionalidade, ela foi nomeada conselheira e se tornou uma espécie de primeira-ministra.

Em pronunciando na televisão, o líder do golpe, general Min Aung Hlaing lembrou que Aung San foi o fundador das Forças Armadas do país, mas não citou a filha, mantida em prisão domiciliar. A ditadura anulou as eleições de 8 de novembro, outra vitória esmagadora da LND. O general prometeu realizar eleições democráticas, sem citar uma data.

Suu Kyi perdeu o prestígio por defender as ações do Exército contra a minoria étnica rohingya, inclusive perante o Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas, com sede em Haia na Holanda. O arcebispo sul-africano Desmond Tutu, ganhador do Prêmio Nobel de 1984, pediu que o prêmio da líder mianmarense fosse retirado.

Nos Estados Unidos, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, declarou-se "horrorizado pelo banho de sangue provocado pelas forças de segurança, que mostra que a junta sacrificará a vida das pessoas". O chefe da diplomacia dos Estados Unidos elogiou "a coragem do povo de Mianmar ao rejeitar o reino de terror dos militares."

O secretário-geral da ONU, António Guterres, ex-primeiro-ministro de Portugal, condenou o massacre "nos termos mais duros". Mas o povo de Mianmar precisa de muito mais do que elogios dos EUA e condenações formais da ONU. Nas ruas de Yangum, Mandalay e Naipidau, pedem uma intervenção internacional e acusam a China de apoiar o golpe.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Covid-19 bate novo recorde no Brasil com 3.650 mortes por dia

 Mais um número de mortes sem precedentes. A doença do coronavírus de 2019 ceifou mais 3.650 vidas brasileiras, de acordo com o Ministério da Saúde, ou pelo menos 3.600, como noticiou o consórcio de empresas jornalísticas criado para evitar manipulações do governo federal. 

Com mais 82.558 casos, o total de infectados chegou a 12.407.323 e o de óbitos a 307.326. A média diária de mortes dos últimos sete dias bateu novo recorde com 2,4 mil e alta de 32% em duas semanas.

Duas vacinas desenvolvidas no Brasil, pelo Instituto Butantan e a Universidade de São Paulo em São Carlos tiveram pedido de uso emergencial encaminhado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas uma não é 100% nacional como anunciado pela manhã pelo governo do estado de São Paulo.

No mundo, são mais de 125 milhões de casos confirmados e 2.766.824 mortes. Mais de 101 milhões e meio de pacientes se recuperaram, 20 milhões e 600 mil apresentam sintomas leves e 92.593 estão em estado grave.

Os Estados Unidos têm o maior número de casos (30.155.046) e de mortes (548.067). Nesta quinta-feira, registraram mais 69.494 casos e 1.270 mortes, com queda de 31% nos óbitos em duas semanas.

Mais de 533 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até hoje no mundo, das quais 138,3 milhões nos EUA, onde 89,6 milhões receberam a primeira dose e 48,7 milhões (14,67%) estão imunizados, e 19,5 milhões no Brasil, onde 14,9 milhões tomaram uma dose e 4,6 milhões (2,17%) as duas doses necessárias à imunização. Meu comentário:

quinta-feira, 25 de março de 2021

Brasil tem recorde de quase 100 mil casos novos de covid-19 num dia

 A cada dia, novos recordes. Hoje foram registradas mais 2.639 mortes e 97.586 casos novos, o máximo da doença do coronavírus de 2019 até agora no Brasil. Ao todo, são 12.324.765 casos confirmados e 303.726 óbitos. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 2.276.

No mundo, são 125.421.349 casos confirmados e 2.754.460 mortes, com mais de 101 milhões de pacientes recuperados, mais de 21 milhões e meio apresentam sintomas leves e 92.391 estão em estado grave.

Com mais 1.270 mortes e 69.586 contágios, os Estados Unidos chegaram nesta quinta-feira a 30.076.486. casos confirmados e 546.597 óbitos. O número de mortes caiu 31% nas últimas duas semanas. O México, terceiro país em número de mortes, passou de 200 mil. A Argentina suspendeu os voos para o Brasil.

A Índia teve um novo pico de contágio para o ano, com 59 mil casos novos notificados nesta quinta-feira. As mortes foram 257 mil. A Índia é o terceiro país em número absoluto de casos (11.787.534) e o quarto em número de mortes (160.692).

Mais de 523 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora, sendo 134,7 milhões nos EUA, onde 87,3 milhões receberam a primeira dose e 47,4 milhões (14,28%) estão imunizados, e 18,5 milhões no Brasil, onde 14,075 milhões tomaram a primeira dose e 4,516 milhões (2,13%) as duas doses necessárias à imunização. Meu comentário:

quarta-feira, 24 de março de 2021

Brasil chega a 300 mil mortes com sistema de saúde em colapso

 Dois meses e meio depois de chegar a 200 mil mortes pela doença do coronavírus do 2019, o Brasil superou hoje a triste marca de 300 mil mortes, anunciou há pouco o consórcio de empresas jornalísticas criados pela evitar a manipulação de estatísticas pelo Ministério da Saúde. Só 2% das cidades brasileiras têm população maior.

Hoje foram notificadas mais 2.244 mortes e 90.504 casos novos, no segundo pior dia de contágio. O total de casos confirmados está em 12.227.179 e o de mortes em 301.087. Pela primeira vez desde 27 de fevereiro, a média diária de mortes dos últimos sete dias não foi recorde. Está em 2.279, com alta de 34% em duas semanas.

A morte está em alta em 20 estados e no Distrito Federal. Até a metade do ano, "podemos chegar a 500 mil mortes", adverte o neurocientista Miguel Nicolelis, professor da Universidade Duke, nos Estados Unidos..

O descaso e a negligência do governo federal são os principais responsáveis por esta tragédia anunciada. O presidente Jair Bolsonaro adotou uma estratégia de deixar o vírus circular até surgir a chamada imunidade de rebanho. Criticou o uso de máscara, rejeitou as medidas de confinamento, provocou aglomerações, foi contra as vacinas e perdeu oportunidades de comprá-las.

Resultado: além das 300 mil mortes, 24 estados e o Distrito Federal estão com mais de 80% dos leitos de unidades de terapia intensivo ocupados. No Rio de Janeiro, há 580 pessoas na fila de espera para UTI. A Fundação Oswaldo Cruz defende um confinamento rigoroso de 14 dias para reduzir o contágio e desafogar o sistema de saúde.

Pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, e do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, a pretexto de promover a "união nacional". Era para ser um encontro dos líderes dos três poderes, mas o presidente convidou todos os ministros e sete governadores aliados. Foi mais um jogo de cena para se eximir da responsabilidade pelo fracasso do governo no combate à covid-19.

O presidente anunciou a criação de um comitê para coordenar a luta contra a pandemia, mas insistiu no inútil tratamento precoce. Bolsonaro não aprende nunca e só reage quando se sente ameaçado. Houve momentos tensos na reunião quando o presidente defendeu o tratamento precoce, considerado inútil pela ciência, e rejeitou o confinamento por medo do impacto econômico para sua reeleição.

Em um discurso duro, o presidente da Câmara falou em "erros primários, desnecessários e inúteis". Declarou que "tudo tem limite" e ameaçou aplicar os "remédios políticos" do Congresso "conhecidos, amargos e fatais", sugerindo que pode levar adiante algum dos 61 pedidos de impeachment de Bolsonaro. Meu comentário:

terça-feira, 23 de março de 2021

Brasil registra 3 mil mortes por covid-19 num dia pela primeira vez

No dia em que o Brasil bateu um recorde de 3.158 mortos, no auge da pandemia do coronavírus de 2019, o presidente Jair Bolsonaro convocou uma cadeia nacional de televisão para mentir mais uma vez sobre sua inação no combate à covid-19, alegando que sempre foi a favor da vacinação depois de declarar que jamais tomaria vacina nem compraria a vacina chinesa CoronaVac. 

A morte está em alta em 19 estados e no Distrito Federal. Quatros estados - São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santos - registraram recorde de mortes. Os 3.158 óbitos seriam 44% de todas as mortes registradas ontem no mundo.

O Ministério da Saúde revelou que terá em abril 10 milhões de doses de vacinas a menos do que anunciado anteriormente, mas o presidente afirmou que até o fim do ano o país terá 500 milhões de doses, o suficiente para imunizar toda a população. Alguém acredita nisso?

Hoje foram notificados mais 84.996 contágios por covid-19. O país soma agora 12.136.615 casos confirmados e 298.843 mortes. A média diária de mortes nos últimos sete dias bateu o 26º recorde em 27 dias. Sobe sem parar desde 27 de fevereiro. Com alta de 43% em duas semanas, chegou hoje a 2.349. 

A média diária de casos novos dos últimos sete dias bateu o sexto recorde seguido. Está em 75.288, com alta de 9% em duas semanas e tendência de estabilidade em patamar muito elevado.

No mundo, são 124,125 milhões de casos confirmados e 2.733.380 mortes. Mais de 100 milhões de pacientes se recuperaram, muitos com sequelas, a chamada covid longa, cerca de 21,3 milhões apresentam sintomas leves e 91.334 estão em estado grave.

Os Estados Unidos têm o maior número absoluto de casos confirmados, mais de 30 milhões, e de mortes (543.793), mas houve uma queda de 35% no número de mortes em duas semanas para 650 por dia. A Índia registrou 47.262 casos novos, o pico em 2021.

Mais de 485 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora, sendo 129,4 milhões nos EUA, onde 83,9 tomaram pelo menos uma dose e 45,5 milhões, 13,7% da população, foram imunizados, e 17 milhões no Brasil, onde 12,8 milhões tomaram a primeira dose e 4,33 milhões, pouco mais de 2%, tomaram as duas doses necessárias à imunização. Meu comentário:

segunda-feira, 22 de março de 2021

Média de mortes por covid-19 no Brasil sobe para 2.298 por dia

 O Brasil bateu hoje novos recordes na média de mortes e na média de casos novos da doença do coronavírus de 2019 nos últimos sete dias. Com mais 1.570 mortes e 55.177 contágios notificados nesta segunda-feira, o país soma 12.051.619 casos confirmados e 295.685 óbitos na pandemia.

A média de mortes dos últimos sete dias bateu novo recorde: 2.298, com alta de 46% em duas semanas. Está acima de mil há 61 dias. A média diária de novos casos dos últimos sete dias foi recorde com 75.163. Pela primeira vez, ultrapassou a marca de 75 mil. A morte está em alta em 21 estados e do Distrito Federal.

Pela terceira vez em um mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) manifestou preocupação com a pandemia no Brasil. O diretor-geral, Tedros Adhanom, comentou que o número mensal de mortes dobrou em um mês, e o diretor de emergências, Mike Ryan, lamentou a falta de coordenação entre os diferentes níveis de governo.

Na cidade de São Paulo, três pacientes morreram por falta de oxigênio numa unidade de pronto atendimento (UPA) em Ermelino Matarazzo, noticiou o jornal Folha de São Paulo. O prefeito Bruno Covas visitou o governador João Doria para resolver as diferenças depois de duras críticas do governador à antecipação de feriados, criando um feriadão de 10 dias em que os prefeitos do litoral paulista temem uma invasão das praias.

Os comitês científicos das prefeituras do Rio de Janeiro e de Niterói recomendaram um confinamento rigoroso na região metropolitana. A partir de sexta-feira, fecham os bares, os restaurantes, creches, as escolas, as universidades, os cinemas, os teatros, os museus, as galerias de artes, as casas de espetáculos, as boates, danceterias, os salões e as casas de festas, os parques de diversões, os circos, os clubes sociais e esportivos, os salões de belezas, as barbearias e os cabeleireiros.

Só abrem as farmácias, os supermercados e outras lojas que vendam comida. Os bares, restaurantes e lanchonetes podem trabalhar com serviço de entrega ou se os fregueses forem buscar a comida. Meu comentário:

Brasil se aproxima de 12 milhões de casos de covid-19

 Com mais 1.259 mortes 47.101 casos novos notificados neste domingo da doença do coronavírus de 2019, o Brasil chegou a 11.996.442 casos confirmados e 294.115 óbitos. A morte está em alta em 20 estados e no Distrito Federal.

A média diária de mortes últimos sete dias bateu novo recorde, o 24º em 25 dias. Está em 2.255, com alta de 46% em duas semanas. A média diária de casos novos ficou em 73.344, com alta de 10% em duas semanas, o que significa estabilidade.

No mundo, já são 123,16 milhões de casos confirmados e 2.715.039 mortes. Mais de 99,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 20,8 milhões apresentam sintomas leves e 90.195 estão em estado grave.

Os Estados Unidos têm o maior número de casos (30 milhões) e de mortes (542.356). Nas últimas duas semanas, o número de mortes caiu 40% e o de hospitalizações 19%, mas o número de casos novos permanece alto, acima de 54 mil por dia.

Na Europa, vários países, entre eles a França e a Polônia, adotaram novas medidas de confinamento no fim de semana para evitar uma terceira onda de contaminação.

domingo, 21 de março de 2021

Brasil recebe primeiro lote de vacinas do consórcio da OMS

 Um avião com 1,02 milhão de doses da vacina da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca aterrissou no fim da tarde de hoje ao aeroporto internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. É o primeiro lote destinado ao Brasil pelo consórcio Covax, articulado pela Organização Mundial da Saúde. Outras 1,9 milhões de doses devem chegar até o fim do mês.

Mais 9,1 milhões de doses da vacina de Oxford-AstraZeneca são esperadas até maio, mas o Ministério da Saúde admite que pode haver atrasos, assim como de um lote importado da Índia. A companhia farmacêutica indiana já visou que não vai cumprir o prazo estipulado.

Durante o fim de semana, o Ministério da Saúde distribuiu 5 milhões de doses a estados e municípios, das quais 3,9 milhões da vacina chinesa CoronaVac e 1,05 milhão do primeiro lote da vacina de Oxford-AstraZeneca fabricada pelo Instituto Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz.

Mais de 451 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 125,5 milhões nos Estados Unidos, onde 81,4 milhões de pessoas receberam a primeira dose e 44,1 milhões (13,28% da população) estão imunizados, 72 milhões na China, 47 milhões na Índia e quase 16 milhões no Brasil, onde 11.805.991 tomaram uma dose e 4.160.093 (1,96%) duas doses.

O Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, pediu ajuda internacional para comprar kits de intubação. Com a sobrecarga no sistema de saúde, há o risco de falta de medicamentos essenciais para as unidades de terapia intensiva. 

Mais de 500 economistas, empresários e banqueiros, inclusive ex-ministros da Fazenda como Pedro Malan, Maílson da Nobrega e Rubens Ricupero e ex-presidentes do Banco Central como Afonso Celso Pastore, Armínio Fraga, Gustavo Loyola, Ilan Goldfajn e Pérsio Arida, divulgaram uma carta-manifesto pedindo mais eficiência do governo federal no combate à pandemia. Banqueiros e empresários também assinaram.

Os economistas defenderam o uso de máscaras e maior rapidez no plano nacional de imunização contra a covid-19, e argumentaram que o custo de não fazer nada e de vacinar lentamente será muito maior para a economia. Eles advertem que no ritmo anual a campanha de imunização vai levar três anos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o melhor investimento, melhor do que aumentar o gasto público, é comprar vacinas e vacinar em massa.

Nesta semana, o manifesto será enviado aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; do Senado, Rodrigo Pacheco; e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

sábado, 20 de março de 2021

Média de mortes por covid-19 bate 23º recorde em 24 dias

 Mais um dia, mais um recorde do pior momento da pandemia do coronavírus de 2019. Neste sábado, foram notificados mais 2.331 mortes e 72.326 contágios. A média diária de mortes dos últimos sete dias subiu para 2.234, com alta de 49% em duas semanas. Em 24 dias, bateu recordes 23 vezes. A média e casos novos dos últimos sete dias ficou em 72.869.

O total de casos confirmados subiu para 11.949.335 e o de óbitos para 292.856. A morte está em alta em 21 estados e no Distrito Federal. A rede hospitalar está no limite da capacidade. Em dezenas de cidades, começam a faltar suprimentos essenciais como oxigênio e medicamentos para intubação. 

No Rio Grande do Sul, a polícia investiga a morte por falta de oxigênio de seis pacientes de um hospital de Campo Bom, na região metropolitana de Porto Alegre. Ainda não se sabe se faltou oxigênio ou se foi um problema no sistema de abastecimento.

Em outros lugares, faltam medicamentos essenciais como bloqueadores neuromusculares, obrigando os hospitais a usar produtos de segunda linha ou aumentar a dose de sedativos. Estes medicamentos servem para que o paciente não retire os tubos do ventilador mecânico por causa do desconforto. Sem eles, o tratamento intensivo perde qualidade e os pacientes sofrem mais.

O total de casos novos no mundo voltou a subir. Foram 553.480 na quinta-feira, sendo 16% no Brasil. As mortes no mesmo dia foram 10.204, 26% do total no mundo. Hoje, já são 122.735.445 casos confirmados e 2.708.549 óbitos. 

Mais de 99 milhões de pessoas se recuperaram. Muitos têm sequelas de longo prazo, a chamada covid longa, mas a Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, investiga se as vacinas são capazes de amenizar os sintomas ou até de eliminar os problemas. Cerca de 21 mil pacientes apresentam sintomas leves e 89.245 estão em estado grave.

Os EUA têm o maior número absoluto de casos, cerca de 30 milhões, e de mortes, 542 mil. Com a menor circulação de pessoas durante o inverno e uma grande campanha de imunização, o contágio caiu de 300 mil casos em 8 de janeiro para 60.495 ontem. Mas ainda é um patamar muito elevado, observa o Dr. Anthony Fauci, principal infectologista americano. 

As mortes caíram de um pico de 5.463 em 12 de fevereiro para 1.513 ontem. Apesar do avanço na vacinação, estes números apontam a necessidade de manter as medidas de proteção para evitar uma nova onda de contaminação que favoreceria o surgimento de mutações capazes de desafiar as vacinas.

Mais de 440 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 122,4 milhões nos, EUA, onde 79,4 milhões de pessoas tomaram a primeira dose e 43 milhões, 12,9% da população, foram totalmente imunizadas, cerca de 70 milhões na China, 45 milhões na Índia, 35,5 milhões no Reino Unido e 15,8 milhões no Brasil, onde 11.721.837 pessoas tomaram a primeira dose e 4.140.109 as duas doses necessárias à imunização.

Um dia depois que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, enviou mensagem à vice-presidente Kamala Harris, presidente do Congresso dos EUA, pedindo que o Brasil compre parte das 3 milhões de vacinas disponíveis naquele país, o Ministério das Relações Exteriores anunciou ter iniciado negociações com o governo Joe Biden em 13 de março. 

Outros países pediram antes. Das 7 milhões de doses da vacina da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca não utilizadas, 2,5 milhões serão enviadas ao México e 1,5 milhão ao Canadá. Não são doações. Os países prometeram devolver as vacinas dos EUA quando tiverem.

sexta-feira, 19 de março de 2021

Brasil registra 15 mil mortes por covid-19 numa semana

Com mais 2.730 mortes e 89.409 casos novos diagnosticados nesta sexta-feira, o Brasil atingiu 11.877.009 casos confirmados e 290.525 óbitos pela doença do coronavírus de 2019. Em uma semana, pela primeira vez, foram mais e 15 mil mortes, 15.249 para ser exato.

As médias diárias de casos e de mortes dos últimos sete dias voltaram a bater recordes, com 2.178 mortes, o 22º recorde em 23 dias, e alta de 49% em duas semanas, e 72.670 contágios, alta de 18% em 14 dias.

Diante do colapso do sistema de saúde, o governo federal está pressionando os hospitais privados a entregar para o Sistema Único de Saúde (SUS) os medicamentos necessários para intubação de pacientes. A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) respondeu que assim estes medicamentos podem faltar em 48 horas em alguns hospitais particulares.

No ritmo atual, os estoques do SUS podem acabar em 15 dias. Sem sedativos, analgésicos e bloqueadores musculares, não é possível enfiar o tubo de oxigênio necessário para instalar o sistema de ventilação mecânica em pacientes com capacidade pulmonar comprometida. Também não dará para anestesiar os pacientes em estado terminal para terem uma morte tranquila, sem sofrimento.

Em pesquisa feita nesta semana, a associação dos hospitais constatou que a rede privada só tem medicamentos para 4 a 19 dias, dependendo do medicamento e da instituição. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação de kits de intubação para evitar uma tragédia ainda maior. Meu comentário:

quinta-feira, 18 de março de 2021

Brasil tem 2.659 mortes num dia e escassez de medicamentos em UTIs

 Com mais 2.659 mortes hoje, já morreu mais gente da doença do coronavírus de 2019 em março do que em fevereiro. Foram 30.494 óbitos em fevereiro e 32.777 em março. Um novo problema atormenta os profissionais de saúde na linha de frente: o risco de faltarem medicamentos necessários para a entubação de pacientes que estão nas unidades de terapia intensiva. Os estoques de 22 medicamentos essenciais estão no limite, noticiou a Folha de São Paulo. Em 

As médias diárias de mortes e casos nos últimos sete dias bateram recorde. A média de mortes bateu o 21º recorde em 22 e chegou a 2.096, com alta de 47% em duas semanas. Com 87.169 casos novos registrados nesta quinta-feira, a média de contágios ficou em 71.904, com alta de 22% em duas semanas.

O total de casos confirmados no país está em 11.787.600 e o de mortes em 287.795. Em pesquisa da Folha, 79% disseram que a pandemia está fora de controle. O Major Olímpio, ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro, foi o terceiro senador a morrer de covid-19.

A presidente da Associação Brasileira de Medicina Intensiva (ABMI), Suzana Lobo, anunciou que a entidade vai se reunir com a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) para criar um protocolo de substituição: se faltar determinado medicamentos, qual pode ser usado em seu lugar.

Diante do esgotamento das vagas em UTIs, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, decidiu fechar as praias e áreas de lazer durante os fins de semana. Na Grande São Paulo, os prefeitos, menos o da capital, pediram ao governador João Doria Jr. que imponha um confinamento rigoroso. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, alegou não ter condições de fiscalizar um confinamento na maior cidade do país.

No pronunciamento que faz toda quinta-feira nas redes sociais, o presidente Bolsonaro questionou o número de mortes, sugerindo que óbitos por outros doenças são notificados como causados pela covid-19, insistiu com a ivermectina, medicamento considerado ineficaz contra a doença, e anunciou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra medidas de restrição adotadas por governadores como o toque de recolher noturno, noticiou o jornal O Globo

Bolsonaro comparou o toque de recolher com estado de sítio, que só o presidente pode decretar. É óbvio que medidas de saúde pública para evitar a transmissão do vírus não caracterizam estado de sítio. Deve ser mais uma derrota do governo no STF para reforçar o discurso de que não tem culpa pela tragédia. Meu comentário:

quarta-feira, 17 de março de 2021

Média diária de mortes por covid-19 no Brasil passa de 2 mil

É um pesadelo sem fim. Hoje o Brasil registrou mais 2.736 mortes e 90.830 contágios da doença do coronavírus de 2019, um novo recorde de casos novos num dia. O país soma agora 11.700.431 casos confirmados e 285.136 óbitos. A média diária de mortes dos últimos sete dias bateu o 20º recorde em 21 dias. Pela primeira vez, ultrapassou 2 mil mortes num dia. Ficou em 2.031, com alta de 49% em duas semanas.

A morte está em alta em 20 estados e no Distrito Federal. A média diária de casos dos últimos sete dias está em 70.637. De todas as unidades da federação, só em Roraima a ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva está abaixo de 80%.

Os cientistas pedem um confinamento rigoroso nacional de pelo menos duas semanas para baixar a transmissão e desafogar os hospitais, mas o novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga, fala em distanciamento sem propor medidas concretas.

Em entrevista a Christiane Amanpour, da rede de televisão americana CNN, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo ao presidente Joe Biden para convocar com urgência uma reunião do Grupo dos Vinte (as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia) sobre vacinas e pediu que o excesso de vacinas compradas pelos Estados Unidos sejam dadas a outros países. Meu comentário:

terça-feira, 16 de março de 2021

Brasil tem 116 mortes de covid-19 por hora e novo ministro da Saúde

No dia mais mortífero da doença do coronavírus de 2019 no Brasil, com novos recordes de mortes (2.798) e de casos novos (84.124), o quarto ministro da Saúde do governo Jair Bolsonaro, o cardiologista Marcelo Queiroga, tomou posse prometendo a continuidade das políticas que fracassaram no combate à pandemia. De novo, apenas a defesa do uso de máscaras.

O total de casos confirmados no país chegou a 11.609.601 e o de óbitos a 282.840. A média diária de mortes dos últimos sete dias bateu o 19º recorde em 20 dias. Está em 1.976, com alta de 48% em duas semanas. A média diária de contágios dos últimos sete dias ficou em 69.226, com alta de 22% em duas semanas.

No ano passado, o agora ministro da Saúde defendeu as medidas de isolamento social e confinamento para reduzir a transmissão do vírus. Ao tomar posse, deixou claro que está lá para aplicar a política de saúde do presidente, que é contra o fechamento do comércio e a suspensão das atividades não essenciais e defende o tratamento com cloroquina, azitromicina e ivermectina, que a ciência não acredita que funcione.

Como não há um tratamento de sucesso garantido, o ministro Queiroga alegou que os médicos devem ter liberdade para receitar o que quiserem, inclusive medicamentos considerados inúteis como a cloroquina.

Nesta terça-feira, o Brasil teve quase 25% dos casos novos registrados no mundo (340.693) e 41,5% das mortes (6.734). O total de casos no mundo chegou a 120.666.507, com 2.670.056 mortes. Mais de 97,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 20 milhões apresentam casos suaves e 88.649 estão em estado grave. Meu comentário:

segunda-feira, 15 de março de 2021

Média de mortes bate novo recorde mas Bolsonaro não muda

 Com mais 1.275 mortes e 42.446 casos novos de doença do coronavírus de 2019 registrados nesta segunda-feira, o Brasil soma 11.483.031 casos confirmados e 278.237 óbitos. A média diária de mortes dos últimos sete dias bateu o 18º recorde em 19 dias. Subiu para 1.855, com alta de 52% em duas semanas. Mas nada indica que a política do presidente Jair Bolsonaro vá mudar, apesar da troca de ministro da Saúde.

Sob pressão das mortes, do virtual colapso do sistema de saúde, da falta de vacinas, dos governadores, dos prefeitos e do Congresso Nacional, Bolsonaro nomeou o quarto ministro da saúde em dois anos e dois meses de governo, mas deixou claro que não vai mudar suas políticas fracassadas de rejeitar o confinamento e apoiar o inútil "tratamento precoce".

Ao receber no Palácio do Planalto a cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar, principal candidata ao cargo, o presidente rejeitou mais uma vez a adoção de medidas de confinamento e insistiu na defesa de medicamentos inúteis como a cloroquina e a ivermectina. A médica e professora da Universidade de São Paulo disse que não iria desdizer Bolsonaro, mas rejeitou o convite por falta de "convergência técnica".

À noite, o governo negou que o presidente tenha dito, com sua grosseria e falta de educação: "Você não vai fazer lockdown no Nordeste para me foder e eu depois perder a eleição, né?" A frase foi publicada pelo jornal digital Poder 360.

Hajjar pretendia adotar medidas de isolamento social nas áreas mais críticas, criar uma série de comissões técnicas para cuidar de cada aspecto da pandemia e apelar à Organização Mundial da Saúde (OMS) e ao resto do mundo para conseguir mais vacinas. O presidente não se interessou. Só está preocupado com o impacto da crise econômica na sua reeleição.

Pior ainda: o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, quis saber a opinião da médica sobre o aborto e armas, temas sem qualquer relação com a pandemia, que é o maior problema de saúde pública do país há mais de um ano. Ludhmila Hajjar entende que as armas são uma questão relativa à polícia e às Forças Armadas, e manifestou-se contra armar a população. Com razão.

Nas 24 horas em que seu nome foi cotado para ministra da Saúde, Ludhmila Hajjar foi alvo de uma série de ataques de milícias virtuais fascistoides, com ameaça de morte e três tentativas de invasão do hotel por pessoas que tinham o número do quarto e se apresentaram como parte de sua equipe médica. Se não fossem os seguranças do hotel, ela não sabe o que aconteceria. 

As milícias bolsonaristas criaram perfis falsos no Twitter e no Instagram, divulgaram o nome da médica nas redes sociais e ameaçaram sua família. Quando Ludhmila Hajjar reclamou para o presidente, Bolsonaro alegou que isso faz parte. Como sempre, ficou do lado dos seus seguidores mais fanáticos e agressivos, da tropa de choque com que conta para a reeleição.

No início da noite de segunda-feira, Bolsonaro anunciou a nomeação do médico Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. É um antigo aliado. Deve ter aceito as condições impostas pelo presidente.

Na sua despedida, o general Eduardo Pazuello, um militar especializado em logística que não tinha experiência em saúde pública, anunciou que o Ministério da Saúde negocia com os laboratórios Pfizer e Janssen para comprar 138 milhões de doses de vacinas contra covid-19: 100 milhões da Pfizer, a serem entregues até setembro, e 38 milhões do braço de vacinas da Johnson & Johnson, a serem entregues até novembro. Meu comentário:

Bolsonaro busca novo ministro da Saúde

 Diante do risco de colapso iminente do sistema de saúde, o presidente Jair Bolsonaro está prestes a trocar seu terceiro ministro da Saúde, noticiam os principais jornais brasileiro. 

O Globo escreveu com base em fontes palacianas que o general Eduardo Pazuello teria pedido para sair por motivos de saúde. Ele tem problemas de coração e teve covid-19. O general negou que tenha pedido para sair e que o presidente tenha pedido o cargo. Foi fotografado comprando carne e cerveja num supermercado em Brasília.

"Bolsonaro decide tirar Pazuello da Saúde e se reúne com médica cotada para o cargo", manchetou o jornal Estado de São Paulo. A candidata é Luhdmila Hajjar, cardiologista e intensivista que tem criticado a condução da crise sanitária por Bolsonaro. Há uma semana, declarou que "o Brasil está fazendo tudo errado na pandemia."

Hajjar é a favor de uma coordenação nacional no combate à ciência, do uso de máscaras, distanciamento social, rastreamento de infectados e confinamento rigoroso em áreas de maior transmissão da covid-19. É contra o inútil "tratamento precoce" com cloroquina, azitrocimicina e ivermectina.

A demissão de Pazuello é certa, mas o presidente ainda não decidiu quem vai substituí-lo, informou a Folha de São Paulo. Bolsonaro estaria enfrentando a resistência de médicos que não aceitam suas condições e sua visão negocionista da pandemia.

Outros candidatos são o cardiologista Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que também falou com o presidente, e o médico e deputado federal Luiz Antônio Teixeira Jr. (PP-RJ), mais conhecido como Dr. Luizinho.

Pazuello foi nomeado por ser especialista em logística. Está sendo investigado pela falta de oxigênio nos hospitais de Manaus e foi incapaz de organizar o Plano Nacional de Imunização. Sob pressão dos partidos de direita do mal falado Centrão, Bolsonaro resolveu mudar de ministro da Saúde pela terceira vez em plena pandemia.

O médico e deputado federal Luiz Henrique Mandetta foi a primeira vítima do negacionismo de Bolsonaro, que subestimou o risco da doença e foi repreendido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) pela falta de seriedade. Mandetta foi ministro do início do governo, em 1º de janeiro de 2019 a 16 de abril de 2020. 

Com as entrevistas coletivas diárias sobre a pandemia, Mandetta ficou popular. Bolsonaro passou a vê-lo como uma ameaça à reeleição. E o ministro se negou a incluir o "tratamento precoce" no protocolo do Ministério da Saúde de combate à doença. Defendeu o isolamento social e previu o colapso do sistema de saúde.

Para seu lugar, Bolsonaro nomeou o oncologista Nelson Teich, sem experiência em saúde pública. Teich, o breve, ficou menos de um mês no cargo. Saiu em 15 de maio por discordar da orientação do presidente sobre o "tratamento precoce" e o isolamento social. Durante uma entrevista coletiva, foi informado sobre os setores considerados essenciais à economia em decreto de Bolsonaro, que incluíam academias de ginástica e salões de beleza. Ficou sabendo pelos repórteres, numa humilhação pública.

domingo, 14 de março de 2021

Brasil registrou quase 12,8 mil mortes na pior semana da pandemia

 Pela 17ª vez em 18 dias, a média diária de mortes nos últimos sete dias pela doença do coronavírus de 2019 bateu recorde hoje no Brasil. Está em 1.832, com alta de 50% em duas semanas. Há 53 dias, está acima de mil. Em uma semana, da segunda-feira até este domingo, morreram 12.795 pessoas. É o pior momento da pandemia no país.

Com 1.111 mortes e 43.781 casos novos notificados hoje, o Brasil soma 11.483.031 casos confirmados e 278.327 óbitos por covid-19. A média diária de contágios está em 66.353, com alta de 18% em duas semanas.  As mortes estão em alta em 23 estados e no Distrito Federal. 

No mundo inteiro, são 120 milhões de casos confirmados e 2.653.644 mortes, com 96,5 milhões de pacientes curados, 20,65 milhões com sintomas leves e 87.842 em estado grave. Os Estados Unidos são o país mais atingido, com 30 milhões de casos confirmados e 534.880 mortes.

A Europa enfrenta uma terceira onda de contaminação, com a força das novas variantes. A Itália reforçou as medidas de isolamento social. Três quartos do país entram nesta segunda-feira num confinamento rigoroso que fica em vigor até o Domingo de Páscoa, 4 de abril. 

Na França, o primeiro-ministro Jean Castex pediu um esforço especial para evitar novo confinamento. Alguns pacientes foram removidos de Paris para receber tratamento em outras regiões.

Internações de idosos de 90 anos ou mais caíram 20% com vacinação

 Enquanto as hospitalizações cresceram 10% no pior momento da pandemia no Brasil, as internações de idosos a partir de 90 anos diminuíram 20% em pouco mais de um mês de campanha nacional de imunização contra a doença do coronavírus de 2019. Na faixa etária de 30 a 39 anos, houve um aumento de 50%.

Mais de 373 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 107,3 milhões nos Estados Unidos, onde 69,8 milhões receberam a primeira dose e 37,5 milhões tomaram as duas doses necessárias à imunização, e 13,28 milhões no Brasil, onde 9.716.458 tomaram a primeira dose e 3.568.251, duas doses.

De acordo com um estudo do Instituto de Matemática da Universidade de Campinas (Unicamp), o país precisa aumentar em 75% a produção de vacinas, para 630 mil por mil dia. Assim, reduziria as mortes em 57% mum período de 200 a 250 dias, quando a vacinação criaria uma imunidade coletiva.

Depois da Dinamarca, da Noruega, da Islândia e da Bulgária, a Irlanda também suspendeu a aplicação da vacina da Universidade de Oxford e do laboratório sueco-britânico AstraZeneca por suspeita não confirmada de que poderia causar tromboembolia. A Organização Mundial da Saúde (OMS), os órgãos reguladores europeus e o laboratório insistem que a vacina é segura.

sábado, 13 de março de 2021

Média diária de mortes por covid-19 no Brasil sobe há 15 dias

 Mais 1.940 mortes e 70.934 casos novos da doença do coronavírus de 2019 foram notificados hoje no Brasil, elevando o total para 11.439.250 casos confirmados e 277.216 óbitos. As mortes estão em alta em 23 estados e no Distrito Federal.

A média diária de mortes dos últimos sete dias bateu o 16º recorde em 17 dias. Ficou em 1.824, com alta de 51% em duas semanas. Sobe sem parar há 15 dias. A média diária de contágios também bate um recorde atrás do outro. Chegou hoje a 71.419, com alta de 31% em duas semanas.

No mundo, o total de casos confirmados está em 119.471.573, com 2.647.229 mortes, mais de 96 milhões de pacientes curados, 20,7 milhões têm casos suaves e 89.271 estão em estado grave. O país mais atingido, os Estados Unidos, tem 29,4 milhões de casos confirmados e 534.275 mortes.

Mais de 357 milhões de doses de vacina contra covid-19 foram aplicadas no mundo até agora, sendo 105,8 milhões nos EUA, onde 68,9 milhões receberam a primeira dose e 36,9 tomaram as duas doses necessárias à imunização (11,11% da população), e 13,2 milhões no Brasil, onde 9.667.997 tomaram uma dose e 3.539.612 91,67%), duas doses

sexta-feira, 12 de março de 2021

Pandemia no Brasil é ameaça para a humanidade, alerta OMS

 O descontrole da doença do coronavírus no Brasil virou uma ameaça para a América Latina e para o mundo, advertiu hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS). Se não forem tomadas medidas rigorosas, a OMS prevê um aumento do número de casos e de mortes no país. 

"Gostaríamos de ver o Brasil numa outra direção, mas vai. exigir um esforço enorme", declarou o diretor de emergências da agência das Nações Unidas. "O sistema está sob pressão", acrescentou. "Enquanto muitos países da América Latina estão indo numa boa direção, no Brasil, não estão.

A variante de Manaus, mais contagiosa e mais perigosa, preocupa por seu impacto além das fronteiras nacionais. Está levando gente jovem para os hospitais e mantendo durante mais tempo, com sobrecarga muito maior para o sistema de saúde. O que acontece no Brasil importa para a América Latina e importa globalmente.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, lembrou que o país foi um dos primeiros a erradicar a poliomielite e o sarampo com campanha de vacinação e agora decepcionou. Ele alertou que o país precisa de seriedade e de uma mensagem clara.

Com mais 2.152 mortes e 84.047 casos novos de covid-19 notificados nesta sexta-feira, superando mais uma vez os EUA, o Brasil chegou a 11.368.316 casos confirmados e 275.276 óbitos. A média diária de mortes dos últimos sete diárias bateu o 15º recorde em 16 dias. Ficou em 1.761. E o Brasil passou a Índia. É o segundo país com o maior número absoluto de contágios.

No mundo, já são mais de 119 milhões de casos e 2,639 milhões de mortes. Mais de 96 milhões de pacientes se recuperaram, mais de 20 milhões apresentam sintomas leves e 89.387 estão em estado grave. Os Estados Unidos têm o maior número de casos confirmados, 29,343 milhões, e de mortes, 532.404.

Mais de 351 milhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo, sendo 101 milhões nos EUA, onde 66 milhões receberam a primeira dose e 35 milhões tomaram as duas doses necessárias à imunização, e 13 milhões no Brasil, onde 9,539 milhões tomaram a primeira dose e 3,467 milhões, duas doses. Meu comentário:

quinta-feira, 11 de março de 2021

Brasil tem média diária superior a mil mortes há 50 dias

 Com 2.207 mortes e 78.297 casos novos da doença do coronavírus de 2019 notificados nesta quinta-feira, o Brasil chegou a 11.284.269 casos confirmados e 273.124 óbitos na pandemia. A morte está em alta em 22 estados e no Distrito Federal. Só cai em dois, no Amazonas e no Rio de Janeiro.

A média diária de mortes bateu novo recorde, o 14º em 15 dias, e chegou a 1.705, com alta de 49% em duas semanas. Há 50 dias, está acima de mil mortes por dia. A média diária de casos novos também é a maior da pandemia 69.680, com alta de 30% em duas semanas.

Diante do colapso iminente do sistema de saúde, o governador João Dória vai impor um toque de recolher noturno no estado de São Paulo, a partir de segunda-feira, das oito da noite às cinco da manhã. No Rio de Janeiro, ao contrário, o prefeito Eduardo Paes autorizou bares e restaurantes a funcionar até nove da noite, a reabertura quiosques da orla marítima e das barracas que vendem bebida nas praias, e a volta dos ambulantes nas praias.

Em seu pronunciamento semanal nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro atacou as medidas de confinamento. Mais uma vez, afirmou sem apresentar dados que há um aumento de suicídios no Brasil por causa da quarentena. Chegou a ler uma carta de um suposto suicida, contrariando a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de não divulgar cartas de despedida de suicidas para não estimular quem está pensando em tirar a própria vida.

Mais uma vez, ignorando o colapso iminente do sistema de saúde, Bolsonaro insistiu que as medidas de proteção são piores do que a doença. O presidente comparou o toque de recolher noturno imposto pelo governador do Distrito Federal ao "estado de sítio" e disse que só ele pode decretar, com autorização do Congresso.

Seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal, criticou a imprensa por mostrar imagens da delegação que foi a Israel embarcando sem máscaras e desembarcando de máscaras. O que Dudu, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o assessor internacional Filipe Martins, os três chanceleres de Bolsonaro, foram fazer em Israel? 

O pretexto foi ver um spray anticovid desenvolvido lá, mas nenhum dos três têm qualquer qualificação em saúde pública nem em imunologia. A equipe do Dr. Jorge Kalil está desenvolvendo uma vacina nasal na Universidade de São Paulo, a USP, sem apoio do governo federal.

Um embaixador com quem conversei comentou que Israel é um dos poucos países dispostos a receber o chanceler brasileiro hoje. Os outros são a Índia, a Hungria e a Polônia, que têm governos populistas de extrema direita. O país nunca esteve tão isolado internacionalmente e o fato de ter se tornado um laboratório de procriação do coronavírus deixa a situação ainda pior. Meu comentário:

quarta-feira, 10 de março de 2021

Brasil registra recorde de mais de 2,3 mil mortes de covid-19 num dia

Pela primeira vez em um ano de pandemia, o Brasil notificou mais de 2 mil mortes num dia. Nesta quarta-feira, foram mais 2.349 mortes e 80.955 contágios, elevando o total para 11.205.972 casos confirmados e 270.917 mortes. Em 22 estados e no Distrito Federal, as mortes estão em alta.

A média diária de mortes dos últimos sete dias bateu o 13º recorde em 14 dias: 1.645, com alta de 43% em duas semanas. A média diária de casos novos bateu novo recorde, 69.107, com alta de 32% em duas semanas. Só duas capitais, Belém e Maceió, têm ocupação de leitos de terapia intensiva abaixo de 80%.

Um ano depois que a Organização Mundial da Saúde reconheceu a ocorrência de uma pandemia, o total de casos no mundo passa de 118 milhões, com 2 milhões 620 mil mortes, mais de 94 milhões de pacientes recuperados, mais de 25 milhões com sintomas leves e pouco menos de 90 mil em estado grave. Os Estados Unidos somam 29 milhões 152 mil casos confirmados e 529 mil 203 mortes, mas foram superados pelo Brasil em casos novos e mortes nos últimos dias..

Mais de 336 milhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo, sendo 95,4 milhões nos Estados Unidos, onde 62,5 receberam uma dose e 32,9, quase 10 por cento da população, tomaram as duas doses necessárias à imunização, e mais de 12 milhões no Brasil, onde mais de 9 milhões de pessoas tomaram a primeira dose e 3 milhões 166 mil duas doses. Isto é 1,5% da população do país. Meu comentário:

terça-feira, 9 de março de 2021

Brasil tem recorde 1.954 mortes num dia e supera EUA

A tragédia anunciada se agrava a cada dia. Com um recorde de 1.954 mortes e 69.537 casos novos da doença do coronavírus de 2019, o Brasil superou os Estados Unidos e chegou a 11.125.017 casos confirmados e 268.568 óbitos no pior momento da pandemia no país. 

A média diária de mortes dos últimos sete dias bateu o 12º recorde em 13 dias. Ficou em 1.572, com alta de 39% em duas semanas. A média diária de casos dos últimos sete dias também é recorde: 68.167, com aumento de 38% em duas semanas.

A morte está em alta em 21 estados e no Distrito Federal. Só cai no Amazonas e no Rio de Janeiro. É estável em Minas Gerais e no Pará. São Paulo teve o maior número de mortes num dia (517), seguido por Rio Grande do Sul (275), Paraná (206), Ceará (108), Santa Catarina (108), Bahia (103) e Rio de Janeiro (91). Em 25 capitais, a ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva está acima de 80%.

Mais de 348 milhões de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 93,2 milhões nos EUA, onde 61,1 milhões receberam uma dose e 32,1 milhões tomaram duas doses, e 11,7 milhões no Brasil, onde 8,737 milhões de pessoas tomaram uma dose e 2,975 milhões as duas doses necessárias à imunização. Meu comentário:

segunda-feira, 8 de março de 2021

Vacina da Pfizer funciona contra mutações do novo coronavírus

Em pesquisa da Universidade do Texas, a vacina desenvolvida pelo laboratório americano Pfizer e a companhia de biotecnologia alemã BioNTech mostrou-se capaz de neutralizar as variantes do coronavírus de 2019. 

A média diária de mortes no Brasil bate o décimo-primeiro recorde em 12. Um ano depois de se tornar o primeiro país da história a entrar em quarentena coletiva, a Itália ultrapassou hoje a marca de 100 mil mortes pela covid-19. 

O ensaio sobre a vacina e as mutações do vírus foi publicano nesta segunda-feira em The New England Journal of Medicine, a revista médica mais prestigiada do mundo.

Nos testes clínicos, a vacina da Pfizer-BioNTech apresentou eficácia de 95% e, na prática, em Israel, de 94%. O pior desempenho foi com a variante sul-africana. Ainda assim, foi considerada eficaz. O governo brasileiro anunciou que deve fechar negócio para comprar 14 milhões de doses da vacina da Pfizer-BioNTech a serem entregues até junho.

Mais de 332 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 91,5 milhões nos Estados Unidos, 60 milhões de pessoas receberam uma dose e 31,5 milhões as duas doses necessárias à imunização, 57 milhões na China, 42 milhões na União Europeia, 23 milhões no Reino Unido, 22 milhões na Índia e 11.346.776 no Brasil, onde 8.497.929 receberam uma dose e 2.848.847 tomaram duas doses.

Com mais 1.114 mortes e 36.923 casos novos notificados nesta segunda-feira, o Brasil chegou a 11.055.480 casos confirmados e 266.614 óbitos por covid-19. A média diária de mortes dos últimos sete dias bateu mais um recorde, o décimo-primeiro nos últimos 12 dias. Está em 1.540, com alta de 41% em duas semanas. A morte está em alta em 19 estados e no Distrito Federal, o que não acontecia desde dezembro. A média diária de contágios ficou em 66.553, com aumento de 37% em duas semanas. Meu comentário:

domingo, 7 de março de 2021

Brasil chega a 265 mil mortes com novo recorde na média de óbitos

 Com mais 1.054 mortes e 79.237 casos novos registrados hoje, o Brasil chegou 11.018.557 casos confirmados e 265.500 óbitos pela doença do coronavírus de 2019. A média diária de mortes dos últimos sete dias bateu o décimo recorde em 11 dias: 1.497, com aumento de 42% em duas semanas. As mortes estão em alta em 18 estados e no Distrito Federal. A média de contágios também é recorde: 67.017, também com alta de 42% em duas semanas.

No mundo, já são 116.817.145 casos confirmados e 2.592.768 mortes. Mais de 92,5 milhões se recuperaram, cerca de 21 milhões apresentam sintomas leves e 89,5 mil estão em estado grave.

Os Estados Unidos têm o maior número de casos confirmados (28.991.537) e de mortes (524.987), mas registraram fortes quedas nos números de contágios, óbitos e hospitalizações desde o pico no início da janeiro.

Mais de 324 milhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo, sendo 89,6 milhões nos EUA, onde 58,9 milhões receberam uma dose e 20,7 milhões tomaram as duas doses necessárias à imunização, 55 milhões na China, 41 milhões na União Europeia, 21 milhões na Índia e 10.938.967 no Brasil, onde 8.220.820 tomaram uma dose e 2.718.147 duas doses.

Faltam vacinas. O Ministério da Saúde admitiu no domingo que só deve receber 30 milhões de doses em março. No mês passado, prometera 46 milhões. Ontem, o jornal Folha de São Paulo revelou que o laboratório Pfizer ofereceu 70 milhões de doses ao Brasil no ano passado, mas o governo Jair Bolsonaro não se interessou. Agora, corre atrás, mas a procura é muito maior do que a oferta.

Na cidade de São Paulo, as mortes de idosos acima de 90 anos caíram 70% em fevereiro. Os infectologistas acreditam que seja um reflexo da vacinação, que começou lá em 17 de janeiro.

sábado, 6 de março de 2021

Brasil tem recorde de 10 mil mortes por covid-19 numa semana

 Mais de 10 mil brasileiros morreram da doença do coronavírus de 2019 na pior semana da pandemia no Brasil. Ao todo, foram 10.183 mortes. Hoje, foram notificados 1.498 óbitos e 67.477 casos novos. Desde o início, em fevereiro do ano passado, são 10.939.320 casos confirmados e 264.446 óbitos. 

A média diária de mortes dos últimos sete dias bateu o nono recorde em dez dias, com alta de 40% em duas semanas. Está em 1.455. A média diária de contágios também foi recorde: 61.527%, com aumento de 29% em duas semanas.

No mundo inteiro, já são 116.462.034 casos confirmados e 2.586.740 mortes. Mais de 92,5 milhões de doentes se recuperaram, mais de 21 milhões apresentam sintomas leves e 89.457 estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram até agora o maior número de casos, quase 29 milhões de casos confirmados, e o de mortes. 524.172.

Mais de 311 milhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo, sendo 87,5 milhões nos EUA, onde 29,8 milhões já tomaram duas doses, 54 milhões na China, 40 milhões na União Europeia, 22,5 milhões no Reino Unido, 20 milhões na Índia e 10,8 milhões no Brasil, onde 8.135.403 receberam a primeira dose e 2.686.585 tomaram as duas doses necessárias à imunização.

O problema é a falta de vacinas. Hoje, o Ministério da Saúde reduziu a expectativa do número de doses recebidas em março para 30 milhões. Em fevereiro, prometia 46 milhões. Neste ritmo, o Brasil só vai vacinar os 70% necessários para ter imunidade coletiva, a chamada imunidade de rebanho, em abril de 2022.

Nos EUA, por 50 a 49, o Senado aprovou o Plano de Resgate do governo Joe Biden, de US$ 1,9 trilhão de dólares, cerca de US$ 11 trilhões. Como houve alterações, o projeto volta à Câmara dos Representantes, onde o Partido Democrata tem ampla maioria e deve aprovar o pacote até terça-feira. Cada americano que ganhe até US$ 75 mil por ano vai receber uma ajuda imediata de até US$ 1,4 mil.

sexta-feira, 5 de março de 2021

OMS adverte que Brasil é ameaça para a América Latina

 Com o atual ritmo de propagação da doença do coronavírus de 2019 e o risco de novas mutaçõevs perigosas, o Brasil é uma ameaça para os países vizinhos, alertou hoje a Organização Mundial da Saúde. O jornal americano The Washington Post foi além. Em editorial, considerou a situação da pandemia no Brasil uma ameaça para a humanidade.

Pela oitava vez em nove dias, o país bateu hoje o recorde da média diária de mortes dos últimos sete dias, que ficou em 1.423, 52% a mais do que duas semanas atrás. Nesta sexta-feira, foram notificadas mais 1.423 mortes e 75.337 casos novos, elevando o total para 10.871.843 casos confirmados e 262.948 mortes. A média diária de contágios está em 59.150.

Em pelo menos quatro capitais do Nordeste, há demora de até seis horas na fila de espera por uma ambulância, as unidades de terapia intensiva estão lotadas e cadáveres são conservados em contêineres. Em 13 das 18 regiões do estado de São Paulo, a ocupação de leitos de UTI estão no maior nível desde o início da pandemia.

"Esperam o pior, o que nunca viram", alertou o prefeito de Manaus, David Almeida, da cidade onde surgiu uma variante mais contagiosa e mais perigosa que se espalhou pelo Brasil. Meu comentário:

quinta-feira, 4 de março de 2021

Brasil ultrapassa 260 mil mortes por covid-19

 Mais um dia trágico, mais 1.786 vidas perdidas e mais 74.285 casos novos da doença do coronavírus no Brasil. O país chega a 10.796.506 casos confirmados e 261.188 óbitos. A média diária de mortes dos últimos sete dias bateu novo recorde, o sétimo em oito dias. Está em 1.361, com alta de 30% em duas semanas. Há 43 dias, está acima de mil. A média de contágios ficou em 57.517.

Insensível a esta tragédia anunciada, o presidente Jair Bolsonaro declarou: "Chega de frescura e mimimi. Até quando vão chorar?" Vão chorar, presidente, enquanto parentes, amigos e colega estiverem morrendo, enquanto tiverem medo de um inimigo invisível que a sua covardia não consegue enfrentar. Manaus notificou neste ano 1.073 mortes a mais do que no ano passado.

Sempre em busca de uma desculpa para seu próprio fracasso, Bolsonaro acrescentou: "Parece que só morre gente de covid no Brasil". Distorcendo a realidade, o presidente falou que a população está tomada pelo "vírus do pavor". Não, presidente. A população está com pavor do vírus. 

Com unidades de terapia intensiva lotadas, as pessoas estão morrendo por falta de capacidade do sistema de saúde de atender a todos. Isto aconteceu na Itália um ano atrás. Desde aquela época, as medidas de isolamento social servem para poupar o sistema de saúde à espera da vacina, que aqui chega muito devagar por falta de iniciativa do governo federal.

Bolsonaro chegou a dizer que, como o Brasil tem 200 milhões de habitantes, as companhias farmacêuticas deveriam vir aqui vender vacinas. Só que o mundo tem 7,747 bilhões de seres humanos. A concorrência é grande e a procura maior do que a oferta. Como o governo só deve receber 38 milhões de doses de vacinas neste mês, não será possível vacinar todos os maiores de 60 anos até o fim de abril.

No mundo, já são 115.597.805 casos confirmados e 2.569.011 mortes. Mais de 91,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 21,4 mil apresentam sintomas leves e 89.747 estão em estado grave. Os Estados Unidos registraram 28.824.505 casos e 520.226 mortes por covid-19.

Cerca de 295 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 82 milhões e meio nos Estados Unidos, onde 54 milhões receberam pelo menos uma dose e 28 milhões tomaram duas doses, 53 milhões na China, 37 milhões na União Europeia, 21 milhões no Reino Unido, 17 milhões na Índia, 9,5 milhões na Turquia, 8,5 milhões em Israel, o país mais adiantado proporcionalmente, e 10.135.416 no Brasil, onde 7.671.525 receberam pelo menos uma dose e 2.463.894 as duas doses necessárias à imunização. Meu comentário:

quarta-feira, 3 de março de 2021

Média diária de mortes bate sexto recorde em sete dias no Brasil

 Desde quinta-feira da semana passada, a média diária de mortes dos últimos sete dias no Brasil por doença do coronavírus de 2019 bateu seis recordes, chegando hoje a 1.332, com alta de 29% em duas semanas. Está acima de mil há 42 dias. 

O país registrou nesta quarta-feira um recorde de 1.840 mortes num dia e 74.376 casos novos. Acumula até agora 10.722.221 casos confirmados e 259.402 óbitos. A média diária de contágios está em 56.602.

Há dois dias, o Brasil supera em novos casos e mortes os Estados Unidos, que registraram 1.306 mortes e 57.789 contágios no dia 2. É o país com o maior número novas infecções e mortes por dia. O principal hospital privado de Porto Alegre, o Moinhos de Vento, instalou um contêiner refrigerado para armazenar cadáveres.

Os Estados Unidos notificaram até hoje 28.784.629 casos e 518.326 óbitos. Como o contágio, as hospitalizações e as mortes estão em queda consistente, os governadores republicanos do Texas e do Mississípi reabriram totalmente a economia e suspenderam o uso de máscaras. O presidente Joe Biden chamou a decisão de "pensamento neandertal", em referência ao antepassado extinto pelo homem moderno.

Com os texanos furiosos por causa da falta de energia elétrica depois de uma nevasca que os deixou sem água nem luz nem aquecimento num frio congelante, o governador Greg Abbott apela para a base do ex-presidente Donald Trump para se reeleger. Culpou as energias renováveis, que respondem por 10% do sistema elétrico do estado, e atacou as medidas de proteção.

No mundo, já são 115.158.945 milhões de casos confirmados e 2.558.261 mortes. O total de pacientes recuperados chegou a 91 milhões, 22,5 milhões apresentam sintomas leves e 90.049 estão em estado grave. Meu comentário:

terça-feira, 2 de março de 2021

Brasil bate recordes de mortes e da média diária de mortes

 O Brasil registrou hoje um recorde de 1.726 mortes e mais 58.327 casos novos em 24 horas pela doença do coronavírus de 2019. A média diária de mortes dos últimos sete também foi recorde: 1.274, com alta de 23% em duas semanas e tendência de alta. A média diária de contágios ficou em 55.318. Agora, o país soma 10.647.845 casos confirmados e 257.562 óbitos.

Em 18 estados e no Distrito Federal e em 20 das 27 capitais, a ocupação dos leitos em unidades de terapia intensiva passa de 80%. 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) considera a situação alarmante: "Pela primeira vez desde o início da pandemia, verifica-se em todo o país o agravamento simultâneo de diversos indicadores como o crescimento do número de casos e de óbitos, a manutenção de alto nível de incidência da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), a alta positividade dos testes e a sobrecarga dos hospitais."

Grande laboratório para multiplicação e mutação do vírus, o Brasil tem hoje uma taxa de transmissão de 1,13, o que significa que em média cada 100 infectados contaminam 113 pessoas. Taxas acima de um indicam que a pandemia está fora de controle. 

Num alerta epidemiológico, as secretarias da Saúde do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre reconheceram que há transmissão comunitária na capital gaúcha da mutação identificada em Manaus, que gera uma carga viral dez vezes maior. O sistema de saúde está perto do colapso lá e em muitos outros estados, inclusive Amazonas, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

O país virou um pária internacional. Está cada vez mais isolado no mundo, com a suspensão de voos. Todos os países têm restrições a brasileiros e viajantes que estiveram no Brasil. Meu comentário:

segunda-feira, 1 de março de 2021

Secretários de Saúde defendem confinamento e toque de recolher

Diante do agravamento da pandemia do coronavírus de 2019, que está no pior momento no Brasil, os secretários estaduais da Saúde divulgaram uma carta nesta segunda-feira criticando a "ausência de condução nacional", a falta de liderança do presidente.

Os secretários querem restrição máxima de atividades não essenciais em regiões com mais de 85% dos leitos hospitalares ocupados e um toque de recolher nacional das 20h às 6h. Na maioria dos estados, as unidades de terapia intensiva têm ocupação acima de 80%.

Ao reconhecer a gravidade da situação, o vice-presidente Hamilton Mourão mencionou a vacinação em massa com "única saída": "O resto tudo é paliativo", afirmou, para não contrariar o presidente Jair Bolsonaro, que no fim de semana criticou o uso de máscaras e voltou a atacar os governadores que adotaram medidas de isolamento. Mas paliativo é necessário nesta hora para mitigar os danos e salvar vidas, general.

Mentindo como de costume, Bolsonaro afirmou a seguidores que não errou nunca em sua avaliação da pandemia. Só hoje mentiu cinco vezes, ao dizer que o inútil tratamento precoce com hidroxicloroquina e ivermectina funciona e não tem efeitos colaterais, que o isolamento não adianta, que não poderia comprar vacinas antes de serem aprovadas pela Agência Nacional e Vigilância Sanitária (Anvisa) e que São Paulo tem o maior número de mortes por habitante.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou que o tratamento preventivo com hidroxicloroquina não funciona e que o medicamento não diminui os riscos de hospitalização e morte. Bolsonaro alegou que a Coreia do Sul usa a hidroxicloroquina, mas na verdade abandonou esta droga em junho do ano passado. 

O distanciamento social levou a uma queda de 35% nas mortes em Manaus. Tanto o governo federal quanto o estado de São Paulo compraram vacinas antes da aprovação. E a mortalidade no Amazonas é maior do que em São Paulo.

Nesta segunda-feira, a média diária de mortes dos últimos sete dias bateu o quinto recorde em 6 dias. Chegou a 1.223. Foram notificadas mais 818 mortes e 40.479 novas contaminações. O país registrou até agora 10.589.608 casos confirmados e 255.836 óbitos por covid-19. A média diária de contágios está em 56.011, com aumento de 23% em duas semanas, o que indica tendência de alta.

Para tentar conter esta alta, os governadores propõem um confinamento, com a proibição de eventos, congressos e cultos religiosos em todo o país, e, nas áreas onde os hospitais estão sobrecarregados, o fechamento do comércio não essencial, das escolas, dos bares e das praias.

No domingo, Bolsonaro tentou se livrar da responsabilidade revelando o montante de dinheiro repassado pelo governo federal aos estados apresentando-o como uma generosidade sua. Em carta, 19 governadores responderam que o dinheiro extra para a saúde foi mínimo. 

O presidente juntou tudo: repasses obrigatórios como os fundos de participação de estados e municípios, dívidas suspensas, que não são doações porque terão de ser pagas no futuro, o auxílio emergencial aprovado pelo Congresso.

A população pagou R$ 1,5 trilhão em impostos federais e o governo central devolveu R$ 837 bilhões, Esta centralização visa a criar um equilíbrio, distribuindo mais proporcionalmente aos estados mais pobres. É dinheiro público, não é do presidente, que trata a máquina do Estado como propriedade sua. Meu comentário:

Ex-presidente francês é condenado por corrupção e tráfico de influência

 Um tribunal penal de Paris condenou hoje a três anos de prisão o ex-presidente conservador Nicolas Sarkozy (2007-12) por corrupção e tráfico de influência ao pressionar um juiz de tribunal superior a fornecer informações sobre um escândalo em que estava envolvido. Um ano deve ser cumprido em regime fechado, mas a pena pode ser convertida em prisão domiciliar. Cabe recurso.

Sarkozy é o segundo presidente da França condenado depois do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45). O primeiro foi Jacques Chirac (1995-2007), culpado de desvio de dinheiro público e abuso de poder em 2011 num escândalo de funcionários-fantasmas da Prefeitura de Paris quando era prefeito da capital (1977-95). Chirac foi sentenciado a dois de prisão, mas teve direito a suspensão da pena. 

Em 2014, Sarkozy era investigado por abuso de poder econômico na campanha de 2012, quando perdeu a eleição para François Hollande. Quando seu telefone estava sob escuta autorizada pela Justiça, os investigadores descobriram dois telefones celulares registrados com o nome falso de Paul Bismuth que Sarkozy usava para falar com seu advogado, Thierry Herzog.

Durante uma conversa, o ex-presidente francês falou em oferecer um cargo de prestígio em Mônaco ao juiz Gilbert Azibert, do Tribunal de Recursos, em troca de informações sobre um inquérito que o envolvia. Azibert era advogado-geral de uma câmara cível. Não atuou diretamente, mas fez tráfico de influência para ajudar Sarkozy num "pacto da corrupção".