domingo, 28 de março de 2021

Morte avança com novo recorde na média diária em sete dias

 Nos fins de semana, os números caem porque as secretarias estaduais da Saúde trabalham menos. Mesmo assim, foram notificadas neste domingo mais 1.605 mortes e 43.402 casos novos da doença do coronavírus de 2019 no Brasil. Desde o início da pandemia, são 12.532.634 casos confirmados e 312.299 óbitos.

A média diária de mortes dos últimos sete dias bateu recorde com 2.598 mortes e alta de 40% em duas semanas. A morte está em alta em 20 municípios e o Distrito Federal. A média diária de diagnósticos positivos nos últimos sete ficou em 76.599, com alta de 14% em duas semanas.

Mas o Brasil pode ter sido superado pelo México em mortes, noticiou a televisão pública britânica BBC

De acordo com uma revisão feita pelo Ministério da Saúde mexicano com base no excesso de mortes, em comparação com anos anteriores à pandemia, o total real de mortes por covid-19 no país deve ser 60% maior, pulando de 203.623 para 321 mil. Esta revisão ainda não foi confirmada nas páginas que divulgam os dados consolidados da pandemia na rede.

O presidente do México, o populista de esquerda Andrés Manuel López Obrador, foi considerado por Ian Bremmer, diretor da consultoria Eurasia Group, o segundo pior governante do mundo no combate à covid-19 depois do presidente Jair Bolsonaro.

O contágio está em alta no mundo, com mais de 600 mil casos por dia nos últimos dias, enquanto as mortes subiram para 11.632 no dia 26 de março. Ao todo, são 127.116.835 casos confirmados e 2.783.509  mortes. Mais de 102 milhões e meio de pacientes se recuperaram, mais de 21,7 milhões apresentam sintomas leves e 93.634 estão em estado grave.

Nos Estados Unidos, mais 45.552 casos e 487 óbitos foram registrados neste domingo. O país tem o maior número absoluto de casos confirmados (30.262.123) e de mortes (549.335), mas houve uma queda de 29% no número de mortes nas últimas duas semanas.

Durante um programa especial da televisão americana CNN sobre a pandemia com o Dr. Sanjay Gupta, a Drª Deborah Birx, coordenadora da força-tarefa da Casa Branca revelou que tinha autorização para dizer a verdade a governadores, prefeitos e outras autoridades, mas não em redes nacionais de televisão.

O Dr. Anthony Fauci, outro entrevistado no programa, declarou; "Isto é uma guerra. Se quisermos ganhar, é melhor atirar no inimigo e não uns nos outros."

No Reino Unido, a Inglaterra autoriza a partir desta segunda-feira reuniões de até 6 pessoas de casas diferentes em espaços abertos. A medida está em vigor no País de Gales desde sábado. A Irlanda do Norte adota a mesma medida na quinta-feira e a Escócia na sexta-feira.

A França tem quase 4,9 mil pacientes em unidades de terapia intensiva, o pico da segunda onda de contaminação. O presidente Emmanuel Macron enfrenta o dilema de endurecer as medidas de confinamento.

Na Alemanha, a primeira-ministra Angela Merkel pediu aos governadores dos estados que tornem mais rígido o confinamento.

Por causa da pandemia, o presidente Sebastián Piñera adiou de 11 de abril para 15 e 16 de maio as eleições para formar uma Assembleia Constituinte que vai redigir uma nova carta para substituir a Constituição de 1980, imposta pela ditadura do general Augusto Pinochet (1973-90). A Constituinte é resultado da pressão popular em grandes manifestações de rua realizadas em outubro de 2019 contra a desigualdade social e a violência policial.

Cerca de 575 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 145,2 milhões nos EUA, onde 93,6 milhões tomaram a primeira dose e 51,6 milhões (15,5%) estão imunizados, 102 milhões na China, 62 milhões na Índia, 35 milhões no Reino Unido e 20,2 milhões no Brasil, onde 15,5 milhões receberam a primeira dose e 4,7 milhões (2,2%) as duas necessárias à imunização.

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