Mais um dia, mais um recorde do pior momento da pandemia do coronavírus de 2019. Neste sábado, foram notificados mais 2.331 mortes e 72.326 contágios. A média diária de mortes dos últimos sete dias subiu para 2.234, com alta de 49% em duas semanas. Em 24 dias, bateu recordes 23 vezes. A média e casos novos dos últimos sete dias ficou em 72.869.
O total de casos confirmados subiu para 11.949.335 e o de óbitos para 292.856. A morte está em alta em 21 estados e no Distrito Federal. A rede hospitalar está no limite da capacidade. Em dezenas de cidades, começam a faltar suprimentos essenciais como oxigênio e medicamentos para intubação.
No Rio Grande do Sul, a polícia investiga a morte por falta de oxigênio de seis pacientes de um hospital de Campo Bom, na região metropolitana de Porto Alegre. Ainda não se sabe se faltou oxigênio ou se foi um problema no sistema de abastecimento.
Em outros lugares, faltam medicamentos essenciais como bloqueadores neuromusculares, obrigando os hospitais a usar produtos de segunda linha ou aumentar a dose de sedativos. Estes medicamentos servem para que o paciente não retire os tubos do ventilador mecânico por causa do desconforto. Sem eles, o tratamento intensivo perde qualidade e os pacientes sofrem mais.
O total de casos novos no mundo voltou a subir. Foram 553.480 na quinta-feira, sendo 16% no Brasil. As mortes no mesmo dia foram 10.204, 26% do total no mundo. Hoje, já são 122.735.445 casos confirmados e 2.708.549 óbitos.
Mais de 99 milhões de pessoas se recuperaram. Muitos têm sequelas de longo prazo, a chamada covid longa, mas a Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, investiga se as vacinas são capazes de amenizar os sintomas ou até de eliminar os problemas. Cerca de 21 mil pacientes apresentam sintomas leves e 89.245 estão em estado grave.
Os EUA têm o maior número absoluto de casos, cerca de 30 milhões, e de mortes, 542 mil. Com a menor circulação de pessoas durante o inverno e uma grande campanha de imunização, o contágio caiu de 300 mil casos em 8 de janeiro para 60.495 ontem. Mas ainda é um patamar muito elevado, observa o Dr. Anthony Fauci, principal infectologista americano.
As mortes caíram de um pico de 5.463 em 12 de fevereiro para 1.513 ontem. Apesar do avanço na vacinação, estes números apontam a necessidade de manter as medidas de proteção para evitar uma nova onda de contaminação que favoreceria o surgimento de mutações capazes de desafiar as vacinas.
Mais de 440 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 122,4 milhões nos, EUA, onde 79,4 milhões de pessoas tomaram a primeira dose e 43 milhões, 12,9% da população, foram totalmente imunizadas, cerca de 70 milhões na China, 45 milhões na Índia, 35,5 milhões no Reino Unido e 15,8 milhões no Brasil, onde 11.721.837 pessoas tomaram a primeira dose e 4.140.109 as duas doses necessárias à imunização.
Um dia depois que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, enviou mensagem à vice-presidente Kamala Harris, presidente do Congresso dos EUA, pedindo que o Brasil compre parte das 3 milhões de vacinas disponíveis naquele país, o Ministério das Relações Exteriores anunciou ter iniciado negociações com o governo Joe Biden em 13 de março.
Outros países pediram antes. Das 7 milhões de doses da vacina da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca não utilizadas, 2,5 milhões serão enviadas ao México e 1,5 milhão ao Canadá. Não são doações. Os países prometeram devolver as vacinas dos EUA quando tiverem.
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