quinta-feira, 18 de março de 2021

Brasil tem 2.659 mortes num dia e escassez de medicamentos em UTIs

 Com mais 2.659 mortes hoje, já morreu mais gente da doença do coronavírus de 2019 em março do que em fevereiro. Foram 30.494 óbitos em fevereiro e 32.777 em março. Um novo problema atormenta os profissionais de saúde na linha de frente: o risco de faltarem medicamentos necessários para a entubação de pacientes que estão nas unidades de terapia intensiva. Os estoques de 22 medicamentos essenciais estão no limite, noticiou a Folha de São Paulo. Em 

As médias diárias de mortes e casos nos últimos sete dias bateram recorde. A média de mortes bateu o 21º recorde em 22 e chegou a 2.096, com alta de 47% em duas semanas. Com 87.169 casos novos registrados nesta quinta-feira, a média de contágios ficou em 71.904, com alta de 22% em duas semanas.

O total de casos confirmados no país está em 11.787.600 e o de mortes em 287.795. Em pesquisa da Folha, 79% disseram que a pandemia está fora de controle. O Major Olímpio, ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro, foi o terceiro senador a morrer de covid-19.

A presidente da Associação Brasileira de Medicina Intensiva (ABMI), Suzana Lobo, anunciou que a entidade vai se reunir com a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) para criar um protocolo de substituição: se faltar determinado medicamentos, qual pode ser usado em seu lugar.

Diante do esgotamento das vagas em UTIs, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, decidiu fechar as praias e áreas de lazer durante os fins de semana. Na Grande São Paulo, os prefeitos, menos o da capital, pediram ao governador João Doria Jr. que imponha um confinamento rigoroso. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, alegou não ter condições de fiscalizar um confinamento na maior cidade do país.

No pronunciamento que faz toda quinta-feira nas redes sociais, o presidente Bolsonaro questionou o número de mortes, sugerindo que óbitos por outros doenças são notificados como causados pela covid-19, insistiu com a ivermectina, medicamento considerado ineficaz contra a doença, e anunciou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra medidas de restrição adotadas por governadores como o toque de recolher noturno, noticiou o jornal O Globo

Bolsonaro comparou o toque de recolher com estado de sítio, que só o presidente pode decretar. É óbvio que medidas de saúde pública para evitar a transmissão do vírus não caracterizam estado de sítio. Deve ser mais uma derrota do governo no STF para reforçar o discurso de que não tem culpa pela tragédia. Meu comentário:

Nenhum comentário: