Com mais 2.659 mortes hoje, já morreu mais gente da doença do coronavírus de 2019 em março do que em fevereiro. Foram 30.494 óbitos em fevereiro e 32.777 em março. Um novo problema atormenta os profissionais de saúde na linha de frente: o risco de faltarem medicamentos necessários para a entubação de pacientes que estão nas unidades de terapia intensiva. Os estoques de 22 medicamentos essenciais estão no limite, noticiou a Folha de São Paulo. Em
As médias diárias de mortes e casos nos últimos sete dias bateram recorde. A média de mortes bateu o 21º recorde em 22 e chegou a 2.096, com alta de 47% em duas semanas. Com 87.169 casos novos registrados nesta quinta-feira, a média de contágios ficou em 71.904, com alta de 22% em duas semanas.
O total de casos confirmados no país está em 11.787.600 e o de mortes em 287.795. Em pesquisa da Folha, 79% disseram que a pandemia está fora de controle. O Major Olímpio, ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro, foi o terceiro senador a morrer de covid-19.
A presidente da Associação Brasileira de Medicina Intensiva (ABMI), Suzana Lobo, anunciou que a entidade vai se reunir com a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) para criar um protocolo de substituição: se faltar determinado medicamentos, qual pode ser usado em seu lugar.
Diante do esgotamento das vagas em UTIs, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, decidiu fechar as praias e áreas de lazer durante os fins de semana. Na Grande São Paulo, os prefeitos, menos o da capital, pediram ao governador João Doria Jr. que imponha um confinamento rigoroso. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, alegou não ter condições de fiscalizar um confinamento na maior cidade do país.
No pronunciamento que faz toda quinta-feira nas redes sociais, o presidente Bolsonaro questionou o número de mortes, sugerindo que óbitos por outros doenças são notificados como causados pela covid-19, insistiu com a ivermectina, medicamento considerado ineficaz contra a doença, e anunciou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra medidas de restrição adotadas por governadores como o toque de recolher noturno, noticiou o jornal O Globo.
Bolsonaro comparou o toque de recolher com estado de sítio, que só o presidente pode decretar. É óbvio que medidas de saúde pública para evitar a transmissão do vírus não caracterizam estado de sítio. Deve ser mais uma derrota do governo no STF para reforçar o discurso de que não tem culpa pela tragédia. Meu comentário:
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