domingo, 21 de março de 2021

Brasil recebe primeiro lote de vacinas do consórcio da OMS

 Um avião com 1,02 milhão de doses da vacina da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca aterrissou no fim da tarde de hoje ao aeroporto internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. É o primeiro lote destinado ao Brasil pelo consórcio Covax, articulado pela Organização Mundial da Saúde. Outras 1,9 milhões de doses devem chegar até o fim do mês.

Mais 9,1 milhões de doses da vacina de Oxford-AstraZeneca são esperadas até maio, mas o Ministério da Saúde admite que pode haver atrasos, assim como de um lote importado da Índia. A companhia farmacêutica indiana já visou que não vai cumprir o prazo estipulado.

Durante o fim de semana, o Ministério da Saúde distribuiu 5 milhões de doses a estados e municípios, das quais 3,9 milhões da vacina chinesa CoronaVac e 1,05 milhão do primeiro lote da vacina de Oxford-AstraZeneca fabricada pelo Instituto Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz.

Mais de 451 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo, sendo 125,5 milhões nos Estados Unidos, onde 81,4 milhões de pessoas receberam a primeira dose e 44,1 milhões (13,28% da população) estão imunizados, 72 milhões na China, 47 milhões na Índia e quase 16 milhões no Brasil, onde 11.805.991 tomaram uma dose e 4.160.093 (1,96%) duas doses.

O Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, pediu ajuda internacional para comprar kits de intubação. Com a sobrecarga no sistema de saúde, há o risco de falta de medicamentos essenciais para as unidades de terapia intensiva. 

Mais de 500 economistas, empresários e banqueiros, inclusive ex-ministros da Fazenda como Pedro Malan, Maílson da Nobrega e Rubens Ricupero e ex-presidentes do Banco Central como Afonso Celso Pastore, Armínio Fraga, Gustavo Loyola, Ilan Goldfajn e Pérsio Arida, divulgaram uma carta-manifesto pedindo mais eficiência do governo federal no combate à pandemia. Banqueiros e empresários também assinaram.

Os economistas defenderam o uso de máscaras e maior rapidez no plano nacional de imunização contra a covid-19, e argumentaram que o custo de não fazer nada e de vacinar lentamente será muito maior para a economia. Eles advertem que no ritmo anual a campanha de imunização vai levar três anos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o melhor investimento, melhor do que aumentar o gasto público, é comprar vacinas e vacinar em massa.

Nesta semana, o manifesto será enviado aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; do Senado, Rodrigo Pacheco; e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

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