sexta-feira, 1 de abril de 2016

Califórnia aprova salário mínimo de US$ 15 por hora

A Assembleia Legislativa da Califórnia, o estado mais rico dos Estados Unidos, aprovou ontem a adoção de um salário mínimo de US$ 15 (R$ 53,48) por hora em grandes empresas a partir de 2022 e em todas as firmas um ano depois. O estado de Nova York deve seguir o exemplo a partir de 2019.

"Queremos que paguem salários que permitam às pessoas levar uma vida digna", declarou o governador de Nova York, Andrew Cuomo. "Mas queremos fazer isso de modo a estimular a economia."

Depois de décadas de hegemonia do pensamento econômico liberal, a desigualdade e os baixos salários voltaram ao centro do debate político, especialmente na campanha do senador socialista Bernie Sanders para obter a candidatura do Partido Democrata à Presidência dos EUA em 8 de novembro de 2016.

Os republicanos alegam que o salário mínimo causa desemprego ao desestimular empresários, especialmente os pequenos, a contratar. Para o Fórum Ação Americana, um centro de pesquisas de direita, o aumento pode eliminar 1 milhão de empregos nos dois estados.

Economistas da Universidade da Califórnia em Berkeley não esperam uma perda de empregos significativa. A redução na rotatividade no emprego, o aumento da produtividade, pequenos reajustes de preços e o aumento no consumo das classes baixas permitirão às empresas se adaptar a salários mais altos.

Quando a Califórnia e Nova York aumentaram o salário mínimo, em 2013, outros 14 estados aumentaram seus salários. A maioria igualou os US$ 9 (US$ 32,08) de Nova York, enquanto o salário mínimo californiano subiu para US$ 10 por hora (R$ 35,65). O salário mínimo federal está em US$ 7,25 (R$ 25,85).

Naquele ano, o custo de vida na região metropolitana de Nova York era 22,3% maior do que na média nacional, 20% maior do que em São Francisco e 17,7% acima de Los Angeles.

Se houver uma recessão ou crise orçamentária, tanto a Califórnia quanto Nova York podem suspender ou adiar o aumento do salário mínimo.

Nenhum comentário: