A América Latina deve crescer apenas 0,4% em 2015 e corre o risco de ficar em recessão sob o peso do recuo da economia do Brasil, que deve encolher 1,3%, previu ontem o Banco Mundial, informa o jornal espanhol El País. O subcontinente deve voltar a avançar 2% em 2016 e 2,7% em 2017.
Há seis meses, o Banco Mundial projetava uma expansão de 1,7% na região. Agora, a expectativa é de menos da metade do 0,9% registrado no ano passado.
A América do Sul sofre com a fraqueza no consumo interno, a desconfiança dos investidores, a seca generalizada e a queda nos preços das matérias-primas que exporta. No caso do Brasil, soma-se a isso o escândalo de corrupção na Petrobrás, explicou Kaushik Basu, economista-chefe do banco.
Como a maior economia da região vai perder 1,3%, arrasta todo o subcontinente. A situação é mais grave na Venezuela, que deve recuar 5,1% neste ano depois de cair 4% no ano passado, sob o peso de uma inflação de 100% ao ano e desabastecimento generalizado.
Já na Argentina, onde há um certo otimismo com o simples fim do desastroso governo Cristina Kirchner, a previsão passou de recessão de 0,3% para expansão de 1,1%.
O México também vive uma situação difícil, mas deve crescer 2,3% em 2015 e 3,2% em 2016, puxado pelo crescimento dos Estados Unidos. Caberá ao México ser a locomotiva econômica da América Latina.
As maiores expectativas de crescimento são do Panamá (6,2%), da Bolívia (4,8%), da Guatemala (4%), do Peru (3,9%) e da Colômbia (3,5%).
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quinta-feira, 11 de junho de 2015
América Latina está perto da recessão por causa do Brasil
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