quinta-feira, 18 de junho de 2015

Obama defende controle de armas após massacre em igreja nos EUA

Depois do massacre de nove negros numa igreja da Carolina do Sul, em pronunciamento há pouco na Casa Branca, o presidente Barack Obama voltou a defender um maior controle na venda de armas nos Estados Unidos. O suspeito, Dylann Roof, um branco de 21 anos, foi preso em Shelby, no estado da Carolina do Norte.

Ontem à noite, o atirador invadiu a Igreja Episcopal Metodista Africana Emanuel na cidade de Charleston durante uma sessão de estudo da Bíblia e fugiu, sendo detido a quase 400 quilômetros do local do crime. A ministra da Justiça e procuradora-geral dos EUA confirmou a prisão.

"Tenho feito demais declarações como esta", desabafou Obama. Foi a 14ª vez que ele teve de lamentar como presidente mortes de caráter racista. "As comunidades têm tido de suportar tragédias como esta vezes demais. Há algo que parte especialmente o coração quando a morte acontece num lugar onde procuramos consolo."

Três pessoas sobreviveram. Uma mulher disse que o assassino prometeu poupá-la para que ela pudesse contar a história. Depois de assistir à sessão por mais de uma hora, o acusado se levantou e declarou que estava ali para matar negros.

O objetivo inicial da investigação é determinar se Roof agiu sozinho ou está ligado a grupos supramacistas brancos. A igreja atacada tem mais de 200 anos. Lutou contra a escravidão no século 19. No século passado, o pastor Martin Luther King Jr. discursou lá em defesa da igualdade racial.

Diante de outras chacinas, Obama defendeu no passado maior controle sobre a venda de armas, com uma investigação prévia sobre a vida pregressa do interessado em comprar armas de fogo antes de concretização do negócio. As propostas de controle de armas são sempre atropeladas pela Associação Nacional do Rifle, o poderoso lobby dos fabricantes de armas.

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