Depois de mais de uma semana de forte desvalorização no mercado de ações, o Banco Popular da China anunciou hoje um corte nas taxas básicas de juros para reduzir o custo do dinheiro e "estabilizar o crescimento", noticiou o jornal americano The Wall Street Journal.
A taxa que o banco central chinês cobra para emprestar dinheiro aos bancos caiu 0,25 ponto percentual para 4,85% ao ano e a taxa que paga pelo dinheiro dos bancos depositado no banco central baixou 0,25 ponto percentual para 2%. O percentual de depósitos a vista que os bancos são obrigados a manter no banco central como reserva também foi diminuído em meio ponto.
Foi o quarto corte de juros desde novembro de 2014, desta vez numa reação da autoridade monetária à queda de 7,4% na Bolsa de Valores de Xangai na sexta-feira, a maior em anos. As ações perderam desde 12 de junho de 2015, o pico dos últimos 12 meses, 19% do valor ou US$ 1,25 trilhão, o equivalente ao produto interno bruto do México.
O banco central tenta desviar recursos do mercado financeiro para o setor produtivo da segunda maior economia do mundo, mas os bancos relutam em emprestar num momento de consumo interno e comércio exterior mais fracos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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