Depois de mais um fracasso hoje de uma reunião de ministros das Finanças da Zona do Euro, a União Europeia convocou uma conferência de cúpula para que seus líderes decidam na segunda-feira se aceitam as condições da Grécia para o país continuar recebendo ajuda internacional ou se deixarão o governo radical de esquerda grego dar um calote na dívida pública.
Nesta quinta-feira, mais uma vez, os parceiros europeus consideram os planos e pretensões da Grécia inconsistentes e irrealistas. O governo radical de esquerda eleito no fim de janeiro depois de uma depressão econômica de 25% em seis anos prometeu romper com as políticas de cortes de gastos e aumentos de impostos da UE, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE).
O primeiro-ministro Alexis Tsipras, da Coligação de Esquerda Radical (Syriza) joga duro. Não aceita um amplo programa de privatizações nem mais cortes nas pensões e aposentadorias. Tem o apoio dos sindicatos e das ruas. Mas a economia grega como um todo e especialmente os trabalhadores sofrerão muito caso a Grécia seja forçada a deixar a união monetária europeia.
Sem um acordo ou alguma medida de emergência, espera-se uma corrida aos bancos na segunda-feira. Nos últimos dias, os gregos sacaram mais de dois bilhões de euros com medo de que suas contas sequem ou sejam convertidas em dracmas, a moeda extinta quando a Grécia adotou o euro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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