Sob intensa pressão internacional para libertar os presos políticos do regime chavista, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cancelou sua participação num encontro de cúpula de líderes da União Europeia (UE) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) marcada para hoje em Bruxelas na Bélgica.
Na semana passada, Maduro suspendeu uma viagem a Roma, onde se encontraria com o papa Francisco, supostamente por causa de uma greve de fome de oposicionistas venezuelanos instalados perto do Vaticano para fazer a Santa Sé pressionar o governo da Venezuela a soltar seus presos políticos.
Uma tentativa frustrada foi feita nos últimos dias pelo ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González, que ficou dois dias em Caracas, mas não recebeu autorização para o ex-prefeito de Chacao Leopoldo López e o prefeito da região metropolitana da capital, Antonio Ledezma, ambos presos sob vagas acusações de conspiração.
Com o fracasso do "socialismo do século 21", a inflação na Venezuela chegou a 100% ao ano. É a maior do mundo. Com o dólar a 415,59 bolívares, a economia afunda a olhos vistos e Maduro insiste em culpar uma suposta "guerra econômica" movida pelo eixo Bogotá-Madri-Miami.
O ex-presidente da Costa Rica Oscar Arias, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1987, disse que não vai à Venezuela porque sabe que não terá acesso aos presos políticos do chavismo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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