Pela segunda vez em seis meses, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu manter sua produção em 30 milhões de barris por dia, sem reduzi-la para forçar uma alta nos preços internacionais, que caíram de cerca de US$ 110 há um ano para cerca de US$ 60, noticiou a agência de notícias Bloomberg. Nesta semana, a baixa foi de 5,9%.
A decisão do cartel liderado pela Arábia Saudita indica a intenção da OPEP de lutar para manter sua fatia do mercado diante do aumento da produção de novas fontes, especialmente do óleo e gás de xisto betuminoso, que levaram os Estados Unidos a voltar a disputar a liderança mundial.
Os analistas entendem que a viabilidade do óleo de xisto depende de um preço do barril entre US$ 60 e 70, o mesmo nível necessário para garantir a lucratividade da exploração da camada pré-sal no Brasil.
Grandes produtores dependentes do petróleo, como a Venezuela, a Rússia, a Argélia e a Nigéria, enfrentam sérias dificuldades para equilibrar o orçamento, mas a OPEP decidiu manter a pressão sobre os produtores de alto custo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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