As negociações entre as cinco grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha com o Irã para desarmar o programa nuclear iraniano foram estendidas por uma semana além da data prevista, 30 de junho de 2015, anunciou hoje o Departamento de Estado americano.
O Irã concordou com uma das exigências centrais das grandes potências, a redução dos estoques de urânio enriquecido. Mas ainda há problemas.
Na semana passada, o Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei, quem manda de fato no Irã, afirmou que não vai permitir inspeções nas instalações nucleares iranianas sob a alegação de que o programa nuclear não tem fins militares. O Irã também exige a retirada imediata de todas as sanções econômicas, enquanto o outro lado prevê uma redução gradual.
Talvez tenha sido um empurrão final para endurecer as posições dos negociadores iranianos, um blefe. Mas também pode ser um sinal de inflexibilidade de Khamenei.
Em entrevista na Casa Branca ao lado da presidente Dilma Rousseff, o presidente Barack Obama admitiu que há grandes diferenças entre os Estados Unidos e o Irã. Reafirmou que não vai fazer um acordo que não garanta a paralisação das atividades com mecanismos de verificação.
"O acordo depende de garantias do Irã", declarou Obama. "No fim, a decisão será dos iranianos aceitar ou não as condições da comunidade internacional. Dado o comportamento passado do Irã, não basta uma declaração. Será necessário um mecanismo de verificação sério e rigoroso."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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