A Grécia decretou feriado bancário nesta segunda-feira para prevenir o colapso do sistema financeiro do país depois que o Banco Central Europeu (BCE) limitou a quantidade de dinheiro que vai liberar para os bancos gregos suportarem a crise.
Os bancos ficam fechados até 6 de julho. Durante este período, os saques estarão limitados a 60 euros por dia por correntista. A Bolsa de Valores de Atenas também não vai funcionar.
Ao anunciar a imposição de controle de capitais, o primeiro-ministro Alexis Tsipras culpou a União Europeia e afirmou que "querem dobrar a vontade do povo grego. Não vão conseguir."
Como não houve acordo entre o governo radical de esquerda da Grécia e os demais países da Zona do Euro, o BCE parou de garantir a liquidez dos bancos, que enfrentam uma corrida de depositantes interessados em sacar seus euros com medo de que o país deixe a união monetária europeia.
Na sexta-feira, 500 dos 7 mil caixas automáticos da Grécia estavam sem dinheiro depois de retiradas de bilhões de euros. À noite, o primeiro-ministro anunciou a convocação de um referendo para aprovar o acordo com os credores internacionais. O governo vai defender o voto não.
A Grécia precisa da libertação de uma parcela de 7,2 bilhões de euros de um total de 240 bilhões de euros que tomou emprestado desde 2009 para conseguir pagar no dia 30, terça-feira, uma dívida de 1,6 bilhão de euros com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Mas o governo radical de esquerda eleito em janeiro prometendo acabar com rigoroso o programa de ajuste fiscal imposto pela UE, o FMI e o BCE rejeitou a proposta dos credores alegando não poder impor mais sacrifícios ao povo grego.
Em telefonema à chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu medidas para garantir que a Grécia não vai abandonar o euro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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