O Partido Revolucionário Institucional (PRI), do presidente Enrique Peña Nieto, que governou o México durante 71 anos do século 20, conquistou uma pequena maioria na Câmara dos Deputados nas eleições realizadas ontem.
Com mais de 90% dos votos apurados, o PRI vence com 29,1%. Deve eleger cerca de 200 deputados, menos do que os 207 das eleições de 2012. Em segundo lugar, com 20,9%, ficou o Partido de Ação Nacional (PAN), que quebrou o monopólio do PRI em 2000 e governou o país por dois mandatos de seis anos cada. Sua bancada deve ter cerca de 110 deputados.
O Partido da Revolução Democrática (PRD), uma dissidência de esquerda do PRI, foi o quarto mais votado, com 10,8% e 55 deputados, seguido pelo Movimento de Renovação Nacional (Morena), do ex-prefeito da capital e ex-candidato a presidente Andrés Manuel López Obrador, com 8,4%, o Partido Verde (7,1%), o Movimento Cidadão (6%) e a Nova Aliança (3,7%).
Em aliança com o Partido Verde e a Nova Aliança, o PRI deve manter uma pequena maioria na Câmara. A popularidade foi abalada pela criminalidade, a ação de gangues ligadas ao tráfico de drogas e as denúncias de corrupção, que incluem a compra de uma casa de US$ 7 milhões pela mulher do presidente.
Apesar das promessas de conter a violência, sete candidatos e nove militantes partidários foram assassinados durante a campanha. Em Oaxaca, professores em greve atacaram várias zonas eleitorais. Ao todo, dezenas de urnas foram incendiadas em regiões rebeladas do pobre Sudoeste do México. Cerca de 120 pessoas foram presas. No resto do país, as eleições foram relativamente calmas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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