Um tribunal da África do Sul baixou uma ordem impedindo o ditador do Sudão, Omar Bachir, de sair do país, onde ele participa de uma reunião de cúpula da União Africana realizada em Joanesburgo, noticiou hoje a televisão estatal britânica BBC.
Por força da ordem judicial, Bachir terá de ficar na África do Sul até que a Justiça do país decida se aceita ou não uma petição para entregar o ditador ao Tribunal Penal Internacional (TPI), onde é acusado de crimes de guerra em conexão com a guerra civil e o genocídio na província sudanesa de Darfur.
Omar Bachir, no poder no Sudão desde 1989, foi denunciado em 4 de março de 2009 por:
• ataques contra a população civil;
• pilhagem,
• assassinato,
• extermínio,
• transferência forçada de populações,
• tortura
• e estupro.
Em 12 de julho de 2010, foram acrescentadas três acusações de genocídio, a tentativa de exterminar povos inteiros:
• massacres,
• causar sérios danos físicos e mentais,
• e infligir deliberadamente condições de vida calculadas para levar à destruição física.
Várias organizações de defesa dos direitos humanos e o principal partido de oposição sul-africano estão pressionando o governo a entrar o ditador à Justiça internacional. Cerca de 400 mil pessoas foram mortas e 2 milhões fugiram de casa desde o início da guerra civil em Darfur, em 2003.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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