Em uma derrota do governo Barack Obama, por 302 a 126, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos rejeitou hoje uma proposta para garantir ajuda financeira aos trabalhadores americanos afetados negativamente pela criação da Parceria Transpacífica, noticiou o jornal The Washington Post.
O acordo de livre comércio está sendo negociado com 12 países da América, Ásia e Oceania (Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, EUA, Japão, México, Nova Zelândia, Malásia, Peru e Vietnã) excluindo a China. Para Obama, é importante criar um marco regulatório nas relações com os países da orla do Oceano Pacífico antes que a China imponha suas próprias regras.
A Câmara aprovou outro projeto dando a chamada "autorização para promoção comercial" ao presidente, mas, sem a proteção aos trabalhadores, é improvável que passe pelo Senado.
Com a autorização, o Congresso não pode alterar acordos comerciais internacionais, o que obrigaria a reabrir as negociações. Só pode aprovar ou vetar.
A promoção comercial em negociações com a Europa para criar a Parceria Transatlântica de Comércio e Investimentos e com os países da Parceria Transpacífica é um ponto central do legado que Obama quer deixar no final de seu governo.
Os outros dois também estão em perigo. A Suprema Corte está para decidir outro desafio ao programa que universalizou a cobertura de saúde nos EUA. E o acordo para desarmar o programa nuclear do Irã precisa ser concluído até 30 de junho de 2015.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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