Em pronunciamento ontem à noite na televisão, o primeiro-ministro Alexis Tsipras convocou um referendo para 5 de julho de 2015, quando os gregos terão de decidir se querem se submeter a sacrifícios ainda maiores para a Grécia continuar recebendo ajuda financeira dos outros países da Zona do Euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Sob pressão da ala mais à esquerda da Coligação de Esquerda Radical (Syriza), que o levou ao poder em 25 de janeiro com a promessa de combater as políticas de austeridade fiscal impostas pelos sócios da União Europeia, Tsipras chegou ao limite. Seu mandato é para se opor a novos cortes de gastos, inclusive redução de aposentadorias, pensões e outros benefícios da Previdência Social.
Nas pesquisas, 69% manifestam a intenção de permanecer na Eurozona e na UE. Deixar a união monetária europeia levaria ao colapso da economia e a mais anos e anos de sofrimento para um país onde o produto interno bruto caiu 25% nos últimos seis anos.
A Grécia deve pagar 1,6 milhão de euros em 30 de junho ao FMI. Para isso, precisaria receber uma parcela de 7,2 bilhões de euros de um total de 240 bilhões de euros em empréstimos que recebeu desde 2009. Sem acordo com os credores, não vai levar. Cabe aos gregos decidir nas urnas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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