A assembleia regional da Ucrânia aprovou a realização de um referendo no dia 16 de março de 2014 para decidir se a república autônoma deve se unir à Federação Russa. A alternativa será uma autonomia reforçada, ou seja, em nenhum hipótese a maioria de origem étnica russa quer ser governada pelo governo central de Kiev.
Desde a revolução que derrubou o presidente pró-Rússia Viktor Yanukovich, Moscou promove uma rebelião das populações russas da ex-república soviética. Com soldados sem uniforme, tomou o controle de aeroportos, bases militares e postos de fronteira.
A maioria dos analistas acredita que o homem-forte da Rússia, Vladimir Putin, está mais interessado em abalar a vitória dos revolucionários de Kiev do que anexar partes da Ucrânia, mas os russos locais podem ir além da jogada do Kremlin.
Putin está festejando uma manobra tática que lhe permite cutucar o Ocidente. Qual é sua visão estratégica?
O ditadorzinho russo, que usa os instrumentos da democracia, mas age como um ditador soviético, consegue ameaçar os vizinhos e perturbar o cenário internacional. Só não tem nenhuma chance de restaurar o poder imperial soviético. É um fantasma do extinto KGB (Comitê de Defesa do Estado), a antiga polícia política soviética.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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