Os investidores aplicaram um volume recorde de US$ 49 bilhões em fontes alternativas de energia no ano passado, como energia solar, álcool e biodiesel no ano passado, um aumento de 60% em relação a 2004, numa tendência que beneficia diretamente o Brasil, que tem seu Programa Nacional do Álcool desde os anos 70.
Uma das fontes de biodiesel é um óleo de palmeira produzido sobretudo na Indonésia e na Malásia, capaz de ser transformado em combustível e de ser misturado com o óleo diesel tradicional, derivado do petróleo. Desde janeiro, os preços deste óleo subiram 35%.
Estima-se que haverá uma capacidade de refino de 20 milhões de toneladas de biodiesel, mais do que o dobro da atual. O sucesso do biodiesel deve aumentar muito a demanda. Aí está o problema. As florestas de Sumatra e Bornéu, as duas maiores ilhas da Indonésia estão sendo destruídas para a plantação de palmeiras.
Como a floresta é queimada, os incêndios jogam na atmosfera anualmente milhões de toneladas de gás carbônico, aumentando o efeito estufa, que provoca o aquecimento da Terra, numa nuvem de fumaça que atinge todo o Sudeste Asiático.
Na Índia, o aumento da produção de cana-de-açúcar para fabricar álcool está provocando um forte aumento do consumo de água na agricultura, gerando risco de escassez. Outro temor é que o aumento da produção agrícola para geração de energia leve à escassez de alimentos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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