quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Novo líder japonês vai à China e à Coréia do Sul

O novo primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, age rapidamente para melhorar as relações com os países vizinhos que ficavam irritados com as visitas de seu antecessor, Junichiro Koizumi, a um santuário xintoísta em Tóquio onde estão enterrados 14 criminosos de guerra da Segunda Guerra Mundial. Abe chega à China no sábado e à Coréia do Sul no domingo, diante da nova crise regional provocada pela ameaça da Coréia do Norte de explodir uma bomba atômica experimental.

Tanto a China quanto o Japão manifestaram desde a posse de Abe, há oito dias, a intenção de melhorar as relações bilaterais. Por causa das visitas de Koizumi ao santuário de Yasukuni, a China nunca concordou em realizar um encontro de cúpula. A rapidez com que a visita foi organizada agora indica que há interesse da China em se aproximar de Abe.

A China é a maior aliada da Coréia do Norte. É o único país com condições reais de influenciar diretamente o regime stalinista de Pionguiangue. A nova crise norte-coreana lhe dá uma chance de melhorar as relações com o Japão.

Afinal, se a Coréia do Norte tornar-se uma potência nuclear, o Japão pode resolver fazer o mesmo. Um Japão nuclearizado não interessa nem à China nem aos Estados Unidos, inimigos do Japão na Segunda Guerra Mundial.

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