O governo britânico lidera uma campanha para que as grandes companhias aéreas do mundo paguem o custo de sua poluição. Quer incluí-las no mercado de créditos de carbono da União Européia dentro de dois anos, anunciou o jornal Financial Times, de Londres.
As companhias aéreas são grandes poluidoras. Com o grande aumento do tráfego aéreo internacional na era da globalização, aumentou também a poluição do ar provocada por aviões. No momento em que se discutem alternativas para evitar o aquecimento da Terra, a Europa tenta impor o princípio de que o poluidor deve pagar pelo que faz.
No caso, pelo atual mercado de créditos de carbono, as companhias aéreas poderiam comprar créditos de quem vai poluir menos como maneira de ampliar sua cota. O Brasil, só combatendo as queimadas na Amazônia, poderia acumular muitos créditos de carbono para vender para empresas poluidoras.
O governo dos Estados Unidos e algumas megaempresas americanas, como a Esso, que negam a existência de um efeito estufa que estaria aquecendo o planta, não participam desde mercado, criado pelo Protocolo de Quioto. Mas além do ex-vice-presidente Al Gore, que acaba de passar pelo Brasil em campanha de conscientização ecológica, pelo menos 28 estados americanos estão se adaptando de uma forma ou de outra às diretrizes de Quioto.
O Brasil pode ganhar muito dinheiro com a preservação do meio ambiente. Mas o conceito de serviços ambientais prestados pela natureza ainda não foi plenamente assimilado pela sociedade e pelas autoridades.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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