A Síndrome do Vietnã voltou com o criativo jornalista americano Thomas Friedman, do jornal The New York Times, autor de O Mundo é Plano, que comparou a atual onda terrorista no Iraque com a ofensiva vietnamita de Tet, em 1968, no ano início do ano novo lunar chinês, quando 500 americanos foram mortos só no primeiro dia.
Como neste mês, um dos piores para os americanos no Iraque, morreram até agora 72 soldados americanos, ainda estamos longe do Vietnã. A ofensiva de Tet equivaleria assim ao momento em que a opinião pública americana virou contra a Guerra do Vietnã. No Iraque, esta virada já aconteceu há meses, talvez um ano.
Antes do final do ano passado, ao analisar as crises nucleares na Coréia do Norte e do Iraque, especialistas americanos começaram a falar numa Síndrome do Iraque, que impediria novas ações militares contra os outros países do 'eixo do mal' por serem absolutamente inaceitáveis para a opinião pública americana.
Então a Síndrome do Vietnã, que Bush pai pensou ter apagado ao derrotar Saddam Hussein em 40 dias na Guerra do Golfo de 1991, vem somar-se à Síndrome do Iraque.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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