A 20 dias das eleições intermediárias (no meio do mandato presidencial) nos Estados Unidos, uma pesquisa do jornal The Wall Street Journal e da TV NBC News indica que a aprovação do Congresso americano por seu eleitorado caiu de 20% no mês passado para apenas 16%, nível mais baixo em 17 anos. A desaprovação cresceu de 65% para 75%.
Este descontentamento com o atual desempenho dos congressistas prejudica mais o presidente George W. Bush e seu Partido Republicano. A pesquisa indica que a situação dos republicanos é pior do que a dos democratas em novembro de 1994, quando perderam a maioria que tinham na Câmara e no Senado desde os anos 60.
Nas eleições de 7 de novembro, será renovada toda a Câmara de Representantes, com 435 deputados, e um terço do Senado, além de 36 governadores estaduais. Para assumir o controle da Câmara, os democratas precisam eleger 15 deputados a mais do que têm hoje. No momento, as pesquisas indicam que devem conseguir. No Senado, bastam conquistar seis cadeiras a mais. Isto é considerado mais difícil porque há apenas 33 cadeiras em disputa.
Com o agravamento da guerra no Iraque e o aumento do número de mortes de americanos, cai também a popularidade do presidente. Bush já foi um campeão de votos para os republicanos. Hoje está sendo escondido pelos candidatos de seu partido e atacado pelos adversários.
Bush virou um peso, um passivo político. Os candidatos, mesmo republicanos, fazem uma campanha anti-Washington, dizendo que querem ir para a capital federal para acabar com a bagunça e o sumidouro de dinheiro público.
Se os republicanos perderam a maioria na Câmara e no Senado, o presidente Bush será o que os anglo-americanos chamam de 'pato manco', um político em fim de mandato, sem poder real.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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