A Justiça da Dinamarca absolveu os diretores do jornal conservador Jylland-Posten, por entender que a publicação, em setembro de 2005, de 12 caricaturas do profeta Maomé que provocaram uma revolta entre os muçulmanos não foi ofensiva.
O processo surgiu por iniciativa de sete associações muçulmanas dinamarquesas contra o editor-chefe, Carsten Juste, e o editor de cultura, Flemming Rose.
"Mesmo que o texto que acompanhava os desenhos talvez pudesse ser lido como um apelo ao desprezo ou deboche, as caricaturas não têm caráter ofensivo", diz a sentença.
Mas os grupos muçulmanos que entraram com a ação protestaram. Seu porta-voz, Kasem Said Ahmad, declarou-se "perturbado" por este julgamento "incompreensível" que envia "um sinal errado à Dinamarca e ao exterior, segundo o qual se pode estabelecer uma ligação entre o Islã e o terrorismo, e que há um direito de zombar impunemente dos muçulmanos e de seu profeta".
A caricatura mais controvertida mostrava Maomé com um turbante em que há uma bomba e uma mecha para detoná-la.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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