quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Dinamarca absolve autores de caricaturas de Maomé

A Justiça da Dinamarca absolveu os diretores do jornal conservador Jylland-Posten, por entender que a publicação, em setembro de 2005, de 12 caricaturas do profeta Maomé que provocaram uma revolta entre os muçulmanos não foi ofensiva.

O processo surgiu por iniciativa de sete associações muçulmanas dinamarquesas contra o editor-chefe, Carsten Juste, e o editor de cultura, Flemming Rose.

"Mesmo que o texto que acompanhava os desenhos talvez pudesse ser lido como um apelo ao desprezo ou deboche, as caricaturas não têm caráter ofensivo", diz a sentença.

Mas os grupos muçulmanos que entraram com a ação protestaram. Seu porta-voz, Kasem Said Ahmad, declarou-se "perturbado" por este julgamento "incompreensível" que envia "um sinal errado à Dinamarca e ao exterior, segundo o qual se pode estabelecer uma ligação entre o Islã e o terrorismo, e que há um direito de zombar impunemente dos muçulmanos e de seu profeta".

A caricatura mais controvertida mostrava Maomé com um turbante em que há uma bomba e uma mecha para detoná-la.

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