Na primeira escala de sua primeira visita ao Leste da Ásia depois da explosão nuclear da Coréia do Norte, em Tóquio, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, prometeu que os Estados Unidos continuarão garantindo a segurança do Japão. É uma tentativa de evitar que o Japão desenvolva armas nucleares.
Tudo o que os EUA e a China não querem é que o Japão, com sua forte tradição militarista, tenha armas nucleares. Afinal, o Japão foi o único país atacado até hoje por bombas atômicas, em Hiroxima e Nagasaque, pelos EUA.
Por isso, as armas nucleares são um tabu na sociedade japonesa. Pela Constituição de 1947, imposta pelos americanos depois da Segunda Guerra Mundial, as Forças de Defesa do Japão só podem defender o país. Estão proibidas de realizar operações militares ofensivas.
Mesmo assim, o Japão tem o quarto maior orçamento militar do planeta e tecnologia suficiente para produzir bombas atômicas e mísseis em meses. Basta tomar a decisão política. É isto que Rice tenta evitar. Conta com o apoio de boa parte da população japonesa, traumatizada pelos cogumelos atômicos que mataram centenas de milhares de pessoas e matam até hoje, por doenças provocadas pela radiação.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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