segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Linha dura norte-coreana quer teste nuclear logo

Generais do Exército da Coréia do Norte, irritados com uma declaração do embaixador da China nas Nações Unidas, querem realizar logo um teste com bomba atômica.

Na semana passada, o embaixador dos Estados Unidos na ONU, John Bolton, da linha dura do governo Bush, declarou que seu país, a Grã-Bretanha e a França estão prontos a adotar sanções contra a Coréia do Norte mas que não tinha certeza quanto "aos protetores da Coréia do Norte dentro do Conselho de Segurança", numa referência à China e à Rússia.

Em resposta, o embaixador chinês, Wang Guangya, disse: "Não tenho certeza de que país ele está falando mas penso que ninguém vai proteger mau comportamento."

Esta declaração teria irritado os generais norte-coreanos, que rejeitam a idéia de que devam pedir proteção à China e estariam pressionando o dirigente máximo do país, Kim Jong Il, para acelerar a realização do teste nuclear. "A Coréia do Norte está insatisfeita com a China. A Coréia do Norte não precisa da proteção da China", teria protestado o regime comunista de Pionguiangue. "A Coréia não é mais uma dependência chinesa", como era até ser invadida pelo Japão, em 1910.

Os chineses estariam preocupados porque o local escolhido para o teste nuclear seria no fundo de uma velha mina de carvão no Norte do país, a centenas de quilômetros da fronteira com a China.

A China e a Coréia do Norte lutaram lado a lado contra os Estados Unidos e a Coréia do Sul na Guerra da Coréia (1950-53). Hoje a China é um dos principais doadores de alimentos e energia, duas das principais carências da ditadura stalinista norte-coreana.

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