A China admite concordar com a imposição de restrições econômicas à Coréia do Norte, que anunciou ontem ter realizado seu primeiro teste nuclear. Mas a superpotência emergente, que tem direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas, rejeita a possibilidade de uma ação militar autorizada pela ONU.
Um porta-voz do Ministério do Exterior chinês considerou "inimaginável" uma ação militar punitiva contra a ditadura stalinista de Pionguiangue. Mas um jornal de Hong Kong, Wen Wei Po, revelou que as folgas foram suspensas para pelo menos parte dos soldados chineses estacionados ao longo da fronteira com a Coréia do Norte. Eles estariam fazendo treinamento para se defender de ataques com armas químicas.
Citando uma fonte norte-coreana, a agência de notícias sul-coreana Yonhap disse que o regime comunista do Norte "ainda está disposto a abandonar o programa nuclear e a voltar às negociações de seis países, se os Estados Unidos tomarem as medidas correspondentes". Pionguiangue quer negociar diretamente com o governo americano.
Os EUA apresentaram ontem ao Conselho de Segurança das Nações Unidas um anteprojeto de resolução impondo um embargo militar, sobretudo de componentes e materiais úteis aos programas nucleares e de desenvolvimento de mísseis da Coréia do Norte, além de sanções econômicas. Em discurso perante a Assembléia Nacional da França, o ministro do Exterior francês, Philippe Douste-Blazy, declarou que a resolução deve ser aprovada rapidamente.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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