A Casa Branca afirmou hoje que o vice-presidente Dick Cheney não estava falando de tortura quando admitiu o uso de afogamento em interrogatórios. "Este país não tortura. Não vamos torturar", declarou o presidente Bush, ao comentar uma entrevista dada por Cheney na terça-feira a uma rádio de Fargo, no estado de Dakota do Norte.
Quando o entrevistador perguntou se Cheney aceitaria o uso de técnica de afogamento para salvar vidas, o vice-presidente disse que não pensaria duas vezes: "Por mim, não preciso nem pensar, mas depois sou criticado como o vice-presidente da tortura. Nós não torturamos."
O governo dos EUA nega mas um repórter perguntou indignado: "Então agora há uma piscina em Guantânamo?", a base naval americana em Cuba onde são mantidos cerca de 500 prisioneiros da guerra contra o terrorismo.
Para o diretor executivo da Anistia Internacional nos Estados Unidos, Larry Cox, "o que não dá para pensar é num vice-presidente campeão da tortura. A defesa que o vice-presidente Cheney faz do afogamento estabelece um nível ainda mais baixo no respeito aos direitos humanos, que no governo Bush já estão no fundo do poço".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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