Com granadas, tiros e carros-bomba, o grupo terrorista muçulmano Boko Haram matou mais 90 pessoas no fim de semana na Nigéria em sua luta contra a democracia, o liberalismo, a educação ocidental e tudo mais que seus líderes considerem anti-islâmico. Só nas últimas duas semanas, foram mais de 300 mortes.
A onda de terror começou com a explosão de carros-bomba no sábado no mercado público de Maiduguri, onde nasceu o Boko Haram. Pelo menos 51 pessoas foram mortas. Muitas eram crianças que esperavam a hora de ver um jogo de futebol num telão instalado ao ar livre.
Em Mainok, a 50 quilômetros dali, os terroristas atacaram com fuzis de assalto e granadas, e tocaram fogo nas casas, matando 39 pessoas e praticamente incendiando toda a cidade.
"Honestamente o Boko Haram está melhor armado e mais motivado do que nossas tropas", admitiu Kashim Shettima, governador do estado de Borno, um dos mais atingidos pela rebelião muçulmana no Norte da Nigéria. "Nas atuais condições, é totalmente impossível derrotar o Boko Haram."
Enquanto do Exército concentra as ações nas cidades, os rebeldes muçulmanos arrasam vilas e aldeias do interior.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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