No aniversário de 28 anos da Revolução Islâmica, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, admitiu negociar a questão nuclear mas rejeitou a suspensão do programa atômico como precondição. Os Estados Unidos acreditam que o regime fundamentalista iraniano acena com negociações só para ganhar tempo enquanto desenvolve armas nucleares.
"Se querem negociar, por que temos de suspender o programa?", perguntou o presidente iraniano. "Vamos conversar sobre o quê?"
O Irã insiste em que seu programa nuclear tem fins pacíficos. Nega-se a suspendê-lo, como exige o Conselho de Segurança das Nações Unidas, e a submetê-lo a inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Como o país é um dos maiores produtores mundiais de petróleo, os Estados Unidos acusam seu regime fundamentalista muçulmano de estar desenvolvendo bombas atômicas.
Em Munique, na Alemanha, durante uma conferência sobre segurança internacional, a mesma em que o presidente russo Vlaidimir Putin acusou os EUA de incentivar a proliferação nuclear, o principal negociar iraniano para o tema, Ari Larijani, declarou que seu país não ameaça ninguém: "Não ameaçamos Israel. Não temos intenções agressivas contra nenhum país".
Como o presidente radical Ahmadinejad já ameaçou "varrer Israel do mapa", a possibilidade de que o regime dos aiatolás tenha bombas atômicas preocupa seriamente o governo israelense.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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