Numa mudança de sua postura oficial nos últimos cinco anos, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, autorizou as famílias de reféns seqüestrados pelo grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) a negociar diretamente sua libertação. Como os rebeldes só aceitam libertar os reféns em troca de guerrilheiros presos, será necessária uma negociação direta entre o governo e a guerrilha.
"O presidente expressa a disposição do governo para um contato direto, sem intermediários, com as FARC", declarou Lucy Artunduaga de Gechen, esposa do ex-senador Jorge Eduardo Gechen Turbay, um dos reféns.
As FARC mantêm em seu poder cerca de 1,1 mil reféns, inclusive 57 políticos, inclusive Ingrid Betancourt, candidata à Presidência pelo Partido Verde, seqüestrada há cinco anos. Gostaria de trocá-los por cerca de 500 guerrilheiros presos. Mas isso exige um acordo humanitário.
Uribe está sob pressão por causa da exposição dos vínculos de seu governo com os grupos paramilitares de direita, as Autodefesa Unidas da Colômbia, então pode fazer concessões à esquerda.
Para aceitar o acordo humanitário, as FARC exigem a desmilitarização dos enormes municípios do vale do Rio Cauca (sudoeste). Uribe rejeita esta possibilidade.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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