A próxima eleição presidencial no Paraguai está marcada para abril de 2008. Mas o monopólio de poder de 60 anos do Partido Colorado já está ameaçada. O candidato mais popular da oposição é o padre Fernando Lugo, um admirador dos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Bolívia, Evo Morales.
Para a revista inglesa The Economist, que o apresenta como o próximo Chávez ou o líder messiânico que empolga o Paraguai, o padre adquiriu status de pop star.
Como a vizinha Bolívia, o Paraguai é pobre, não tem saída para o mar e tem uma grande população indígena ou mestiça marginalizada. Durante 11 anos, o padre Lugo trabalhou em regiões rurais pobres organizando movimentos de luta pela terra e pela reforma agrária, uma necessidade num país onde mais de 40% dos 6 milhões de habitantes vivem no campo e a propriedade da terra é extremamente concentrada.
No ano passado, padre Lugo mobilizou 50 mil pessoas num protesto contra a corrupção.
Pressionado pelo Vaticano, ele largou a Igreja para ser candidato mas até agora isto não foi aceito. O padre fundou o movimento Teko joja (Igualdade e Justiça, em guarani). Promete aplicar os princípios da caridade cristã à política para construir "um país diferente, sem discriminação".
Como a Constituição do Paraguai proíbe tanto a reeleição quanto a candidatura de religiosos, o presidente Nicanor Duarte está propondo uma emenda constitucional para que os dois possam concorrer.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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