O Irã terá condições de enriquecer urânio para uso em armas atômicas e não há quase nada a fazer para impedi-lo, conclui um documento interno da União Européia revelado hoje pelo jornal Financial Times, de Londres. Até agora, as ambições do programa nuclear iraniano foram retardadas por problemas técnicos. A ação diplomática não deu o menor resultado prático, o que reforça a posição dos defensores de uma ação militar.
“Em algum estágio, devemos esperar que o Irã adquira capacidade para enriquecer urânio no teor necessário para armas atômicas”, diz o documento de 7 de fevereiro, distribuído aos 27 países-membros da UE antes de uma reunião do Conselho de Ministros do Exterior realizada no domingo.
“Na prática, os iranianos desenvolvem seu programa nuclear no seu próprio ritmo, tendo como fator limitante as dificuldades técnicas e não resolução da ONU ou da Agência Internacional de Energia Atômica”, reconhecem os europeus. “Os problemas com o Irã não serão resolvidos apenas com sanções econômicas”.
Isto inquieta ainda mais os estrategistas dos Estados Unidos e de Israel, que examinam a possibilidade de um bombardeio aéreo contra as principais instalações nucleares do Irã. A julgar pelo documento da UE, um ataque retardaria mas não impediria a fabricação da bomba iraniana. O país já teria o conhecimento tecnológico necessário. No ritmo atual, faria a bomba em dois a três anos, afirmam os falcões.
Leia a íntegra em minha coluna de política internacional no Baguete.com.br
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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