A polícia de Israel enfrentou ontem manifestantes palestinos que protestavam contra escavações realizadas perto da mesquita de Al-Acsa, em Jerusalém, a terceira cidade mais sagrada do islamismo, depois de Meca e Medina. Do outro lado da chamada Esplanada das Mesquitas fica o Domo da Rocha, uma mesquita de cúpula dourada.
O problema é que no local, que os israelenses chamam de Monte do Templo, também fica o Muro das Lamentações, única parede que resta do templo histórico de Jerusalém, que os judeus ortodoxos querem reconstruir. Cada vez que há uma obra na esplanada, os árabes suspeitam que seja um plano para alabar os alicerces das mesquitas e derrubá-las para a reconstrução do templo.
É um lugar que evoca paixões políticas muito fortes. Está no centro do debate sobre o futuro de Jerusalém, já que fica no setor oriental ou árabe da cidade sagrada de três religiões.
Uma visita do então líder da oposição israelense Ariel Sharon ao Monte do Templo em 28 de setembro de 2000 provocou o início da Segunda Intifada, enterrando de vez o processo de paz iniciado em Oslo, na Noruega.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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