Sem um candidato forte da Casa Branca por causa do fracasso da guerra no Iraque, a campanha para a eleição presidencial de 2008 está nas ruas dos Estados Unidos e é especialmente feroz entre a oposição democrata. A senadora e ex-primeira dama Hillary Clinton continua na liderança mas perdeu em um mês metade da vantagem que tinha sobre o senador negro Barack Obama, a estrela em ascensão da política americana.
Na última pesquisa do jornal The Washington Post e da rede de televisão ABC, divulgada hoje, Hillary tem 36% das preferências. Obama é o segundo, com 24%. O ex-vice-presidente Al Gore subiu para 14% e o candidato a vice em 2004, John Edwards, 12%.
A grande diferença é que, em janeiro, Hillary tinha 41%, contra 17% para Obama, 11% para Edwards e 10% para Gore. O que mudou, indica a pesquisa, foi a intenção de voto dos afro-americanos.
Em dezembro e janeiro, Hillary batia Obama na disputa pelo voto negro por 60% a 20%. Agora, Obama vence por 44% a 33%.
Bill Clinton governou de 1993 a 2001. Foi chamado de "presidente dos negros". É extremamente popular entre os americanos de origem africana, o que explicava a vantagem inicial de Hillary. Obama, por sua vez, é filho de um imigrante queniano com mãe branca. Não é descendente de escravos. Mas é natural que os negros americanos se identifiquem mais com ele do que com Hillary, uma advogada rica e bem-sucedida, branca, loura e de olhos azuis.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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