O estado de guerra permanente em que vive o Afeganistão impede o desenvolvimento de atividades econômicas normais, tornando a plantação de papoula para produção de ópio, morfina e heroína. A área cultivada cresceu 59% no ano passado, chegando a 165 mil hectares, e a produção aumentou 50%, para 6,1 mil toneladas, revela o relatório anual da agência das Nações Unidas para controle e prevenção do uso de drogas.
Como na Colômbia, a economia clandestina das drogas acaba se associando a grupos armados. É o tráfico que sustenta os senhores de guerra que dominam regiões onde a autoridade do governo Hamid Karzai não chega e a própria milícia dos Talebã (Estudantes), que se reagrupou em áreas tribais da fronteira com o Paquistão e planeja uma grande ofensiva assim que terminar o inverno no Hemisfério Norte.
"Na província de Helmand, no Sul do Afeganistão, onde aumentaram os ataques dos talebã contra as forças internacionais e do governo, a área do cultivo ilícito aumentou em 69,3 mil hectares, demonstrando mais uma vez o vínculo entre a segurança e a luta contra cultivos ilícitos", diz o relatório da ONU.
Das 34 províncias afegãs, só quatro estão livres da produção de ópio e derivados.
No relatório do Escritório das Nações Unidas para Crime e Drogas, o governo de Evo Morales, na Bolívia, é advertido de que "algumas medidas que se dispõe a tomar descumprem as disposições dos tratados internacionais sobre controle de drogas". Podem facilitar a produção de cocaína.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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