Durante encontro de seis horas com seu colega uruguaio, Tabaré Vázquez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou três acordos e obteve um compromisso de que o Uruguai não deixará o Mercosul. O Brasil temia que o Uruguai negociasse um acordo de livre comércio com os Estados Unidos contrariando as regras do Mercosul.
Lula usou mais uma vez a carta dos biocombustíveis, prometendo investimentos no Uruguai, para evitar que o país vizinho aproveite a visita do presidente George Walker Bush à América Latina para iniciar negociações bilaterais com os EUA.
O Uruguai tem diversas queixas em relação ao Mercosul. Há mais de um ano, está em conflito com a Argentina por causa da construção de duas fábricas de celulose na margem oriental do Rio Uruguai. O presidente Néstor Kirchner nega-se a discutir a questão dentro do bloco regional, como seria natural.
Além disso, o Uruguai tem saldo negativo com o Brasil. Reclama do protecionismo dos arrozeiros gaúchos, entre outras questões. Quando o Brasil concorda em aumentar o preço do gás boliviano, os sócios pequenos do Mercosul - Paraguai e Uruguai - perguntam o que sobra para eles.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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