A divulgação do índice de preços ao consumidor com atraso e depois de vários adiamentos está provocando duras críticas ao governo Néstor Kirchner, que estaria manipulando os números tendo em vista a eleição presidencial de outubro na Argentina. Enquanto alguns técnicos estimam que o índice real da inflação de janeiro seria 2,1%, o governo divulgou oficialmente 1,1%. A cesta básica subiu 2,6%.
Economistas e oposicionista acusam Kirchner de manipular os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). A controvérsia foi provocada quando o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, trocou a diretora de Preços, Graciela Bevacqua, por Beatriz Paglieri, funcionária de sua confiança.
No passado, houve produtos que entraram ou saíram do índice para evitar variações muito grandes. Mas jamais teria ocorrido uma manipulação direta do número final. "Ao se perder a credibilidade das cifras publicadas, fica ao arbítrio da imaginação de cada pessoa o verdadeiro nível de inflação", declarou em editorial o jornal La Nación.
Kirchner, que vive às turras com a imprensa, afirmou: "Não me vão botar para correr por causa de duas capas de jornal".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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