Na véspera de embarcar para os Estados Unidos, o presidente da China, Hu Jintao, anunciou neste domingo que o país cresceu 10,2% no primeiro trimestre de 2006 em relação ao mesmo período do ano passado. Mas manifestou preocupação com o superaquecimento da economia que mais cresceu nas últimas duas décadas.
"Não queremos crescimento acelerado", declarou Hu depois de se encontrar com um ex-líder da oposição em Taiwan. "Estamos preocupados com o ritmo do desenvolvimento e a qualidade e o efeito do nosso crescimento. Estamos preocupados em poupar nossos recursos, proteger o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida da população."
A China cresceu 9,9% em 2005. Seu produto interno bruto chegou a US$ 2,26 trilhões, o que a torna a quarta maior economia do mundo, depois dos Estados Unidos, do Japão e da Alemanha. Para este ano, os economistas previam algo entre 8,5% e 9%. A taxa de 10,2% indica um aquecimento acima do pretendido pelas autoridades chinesas. Em março, o governo divulgou um plano quinquenal prevendo crescimento de 7,5% ao ano até 2010.
O crescimento no primeiro trimestre foi atriuído ao aumento das exportações, da oferta de crédito no mercado interno e da entrada de capital estrangeiro.
Nos EUA, Hu irá enfrentar pressões pela valorização do iuã e ameaças do Congresso de adotar medidas protecionistas. Mas o déficit comercial entre os dois países caiu 23% em março. Ainda é elevado, de US$ 13,8 bilhões, mas é o menor desde março de 2005.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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