Numa revolução na medicina, cirurgiões americanos anunciaram a criação de uma bexiga a partir de tecidos dos próprios pacientes. Há seis anos, a família de uma jovem com o problema congênito conhecido como spida bifina aceitou participar da experiência. O procedimento foi relatado agora à revista médica The Lancet pela equipe do Dr. Anthony Atalla, do Hospital da Criança de Boston, nos Estados Unidos.
Os doutores fizeram biópsias dos pacientes para identificar os tipos de células tanto da mucosa interna de suas bexigas e as células musculares do exterior. Primeiro, eles criaram colônias destas células durante semanas. Eles fizeram um modelo de bexiga em polímero biodegradável e ao redor dela construíram o primeiro órgão feito pelo homem. Depois de mais oito semanas, implantaram a nova bexiga costurando-a ao órgão com problema. Com o tempo, as duas se fundiram numa só.
Os sete pacientes que participaram da experiência tiveram melhoria da função urinária sem os efeitos negativos associados aos transplantes, como rejeição, já que o material genético provinha deles mesmos.
"É uma mostra de que algum dia será possível fazer órgãos complexos", comentou Robert Langer, professor de bioengenharia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
Antes que o procedimento possa ser usado regulamente, serão necessárias mais experiências. Os médicos advertem que no início será possível realizar apenas alguns milhares de pessoas, dependendo da aprovação da Administração de Medicamentos e Alimentos, o órgão regulador dos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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3 comentários:
No Brasil há um bom conhecimento de reprodução e manipulação de tecido humano, não?
Olá! Ontem, dia 04 de Abril, tive o prazer de assistir um programa na Tv Educativa, na qual você era entrevistado. Gostei muito do seu perfil jornalístico. Sou estudante do 1ºano de Jornalismo, interior de São Paulo. Gostaria muito de poder aprender e trocar idéias com você. Não quero ser mais uma jornalista formada, mas sim quero ser formadora de opnião.
um abraço
jackeline Carvalho
No Brasil, a Lei de Biossegura~ça autorizou pesquisas com céluas-tronco embrionárias.
Jackeline, recebi seu email mas não tenho endereço para resposta.
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