terça-feira, 7 de julho de 2015

Maior parte dos países da Zona do Euro quer saída da Grécia

Dos 18 outros sócios da Zona do Euro, 16 são a favor da saída da Grécia da união monetária europeia, afirmou hoje o jornal grego Ekathimerini, citando fontes não identificadas ouvidas hoje em Bruxelas antes de uma reunião de emergência do Grupo do Euro.

Só a Itália e a França, que também têm problemas com déficit e dívida e resistem a fazer reformas econômicas liberais, estariam decididas a manter a Grécia na Eurozona. Além dos países ricos do Norte da Europa, os antigos países comunistas da Europa Oriental, que fizeram grandes sacrifícios para aderir ao euro, são contra novas concessões à Grecia.

Na Eslováquia, que era a metade mais pobre da antiga Tcheco-Eslováquia e herdou uma indústria pesada obsoleta do regime comunista, o salário mínimo é de 380 euros, assim como a pensão mínima paga a aposentados. Na Grécia, a menor pensão é de 580 euros e o salário mínimo de 880 euros. Os eslovacos entendem que não devem bancar a Grécia.

Ontem, o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, e seu novo ministro das Finanças, Euclid Tsakalotos, receberam o apoio de quase todos os partidos do país para a nova etapa de negociações com os credores internacionais. O governo radical de esquerda grego tenta polarizar com a Alemanha, mas está quase isolado.

A nova proposta da Grécia vai partir dos textos discutidos nos últimos encontros antes do referendo do domingo passado, quando 61,3% recusaram o plano apresentado pela chamada troika o Grupo do Euro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE).

Tsipras deve pedir mais tempo para implementar algumas medidas gradualmente. Mas o que os ministros das Finanças da Eurozona viram até agora não impressionou muito.

Se não fizer acordo com os credores, a Grécia não vai receber mais dinheiro. Sem dinheiro nos próximos dias, os bancos gregos vão quebrar e o país provavelmente terá de abandonar a união monetária. Ninguém acredita que os bancos reabram daqui a dois dias.

É necessária uma solução urgente e nenhum lado parece disposto a ceder.

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