Diante da intensificação dos bombardeios da Rússia e do avanço do Exército e de milícias aliados na cidade de Alepo, as negociações sobre a paz na Síria foram adiadas para 25 de fevereiro. Em Londres, uma conferência prometeu US$ 11 bilhões para ajudar a Síria, os países vizinhos e os refugiados sírios.
Para participar das negociações, os rebeldes exigem a suspensão dos bombardeios e acesso das equipes de ajuda humanitária às populações sitiadas.
Londres realizou a quarta conferência internacional para arrecadar recursos para as vítimas da guerra civil na Síria, onde mais de 260 mil pessoas foram mortas desde 15 de março de 2011. A União Europeia ofereceu US$ 3,3 bilhões; a Alemanha, US$ 2,6 bilhões; e o Reino Unido, US$ 1,7 bilhão. O Brasil deu uma contribuição simbólica de US$ 1,3 milhão.
Ontem, a UE aprovou uma ajuda de US$ 3,32 para a Turquia, o país que mais recebeu refugiados da guerra civil síria, mais de 2,7 milhões. Em troca, o governo turco se comprometeu a conter a onda de refugiados.
O primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu, foi eloquente ao responsabilizar a ditadura de Bachar Assad pela tragédia humanitária na Síria. Com o cerco de Alepo, "a população está comendo grama, quando encontra grama. Os refugiados que estão no exterior estão em situação muito melhor."
Desde 2011, 5,3 milhões de sírios fugiram do país. Dos 16 milhões de habitantes da Síria, cerca de 6,5 milhões são flagelados que não saíram do país. Cerca de 10 milhões de pessoas estão em situação vulnerável.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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